Só de créditos trabalhistas, o jornal deve mais 17,1 milhões de reais

“Diário da Manhã” é editado pelo jornalista Batista Custódio e administrado pelo executivo Júlio Nasser
DM é administrado pelo executivo Júlio Nasser e editado pelo jornalista Batista Custódio

O juiz Otacílio de Mesquita Zago, da 13ª Vara Cível e Ambiental da Comarca de Goiânia, deferiu o processamento da recuperação judicial requerida pelo jornal “Diário da Manhã” (razão social Unigraf-Unidas Gráficas e Editora Ltda.-ME). O jornal agora deverá apresentar um plano de recuperação judicial no prazo de 60 dias. A Justiça nomeou Leonardo de Paternostro para o cargo de administrador judicial. “Determino a suspensão de todas as ações e execuções propostas contra o devedor, pelo prazo de 180 dias”, escreve o juiz.

Na quarta-feira, 23, a Justiça liberou a primeira relação de credores da recuperação judicial do “Diário da Manhã”. A maioria dos credores é composta de ex-funcionários e funcionários do jornal. Os créditos trabalhistas somam pouco mais de 17 milhões de reais. Alguns jornalistas — Danielle Luciano de Oliveira (611 mil reais), Ranulfo Domingos Borges (318 mil reais) e Realle Aurélio Palazzo Martini (269 mil reais) — têm milhares de reais para receber. Os créditos trabalhistas são prioritários.

Há também os créditos quirografários (“que não gozam de preferência com relação aos demais”) — no valor de R$ 2.698.811,41 — e devidos a uma microempresa, a Centrooeste Comunicação e Editorial Ltda. (de propriedade de uma integrante da família que dirige o jornal), no valor de R$ 1.200.000,00. A Unigraf deve para a Celg, Saneago, Correios, Ministério Público, agências de publicidade e empresa de telefonia. No total, o jornal deve R$ 21.008.938,68.

O “Diário da Manhã” é editado pelo jornalista Batista Custódio e administrado pelo executivo Júlio Nasser.