“Faca” de Marconi Perillo ficará afiada se estocar apenas a Justiça e a Polícia Federal

08 fevereiro 2025 às 21h17

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A Justiça autorizou que a Polícia Federal investigasse Marconi Perillo e suas possíveis conexões com a organização social Gerir.
Frise-se: a Polícia Federal cumpriu uma determinação (portanto, tinha nas mãos uma autorização) judicial. Noutras palavras, a Polícia Federal terá de municiar a Justiça com mais informações para que, adiante, os fatos sejam examinados de maneira imparcial por um magistrado.
Não se pode sugerir que houve alguma ilegalidade na decisão da Justiça e na ação da Polícia Federal. Afinal, não se desrespeitou as leis. Todos os trâmites legais foram seguidos à risca.
Amanhã, num dia qualquer, se ficar comprovado que Marconi Perillo tem ou não tem culpa no cartório, a Justiça o condenará ou, então, o absolverá. Na democracia é assim.
Marconi Perillo tem o direito de se defender e de espernear. Porém, quando sugere que há perseguições política em Goiás, está dando um “tiro” errado.

A Justiça — Federal ou qualquer outra — não está subordinada ao governo de Goiás e a nenhum político do Estado. A Polícia Federal também não tem nenhuma relação de subordinação ante gestores goianos.
Então, se quer mesmo atingir “alguém” — e não meramente agir de maneira política (quem está politizando os fatos é exatamente o tucano) —, Marconi Perillo deve atacar, de frente e não de viés, a Justiça, a Polícia Federal e, por sim, o governo do presidente Lula da Silva (ao qual a PF é subordinada). Ele precisa dizer, com todas as letras, quais foram os erros dos magistrados e dos policiais. (E.F.B.)