Ativistas marcam protesto contra PL da Gravidez Infantil neste sábado em Goiânia

14 junho 2024 às 14h54

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Ativistas e organizações feministas realizam neste sábado, 15, na Praça Universitária, um protesto contra o Projeto de Lei nº 1904/2024, conhecido como “PL do Aborto”. Caso seja aprovado, a proposta proíbe o abordo legal acima de 22 semanas. Além de prever punições mais severas para quem interromper a gravidez, equiparando ao crime de homicídio simples.
Ou seja, se uma mulher grávida, seja adulta ou criança, mesmo em caso de estupro, risco de morte ou de feto anencefálo, se realizar o aborto após 22 semanas, ela e o profissional médico que realizar o procedimento podem pegar uma pena de 6 a 20 anos de prisão.
Proposto pelo deputado federal Sóstenes Calvalcante (PL-RJ) e outros 32 parlamentares, incluído a deputada federal por Goiás, Lêda Borges (PSDB), assinaram o pedido de votação em regime de urgência. O pedido foi aprovado na última quarta-feira, 12, e com isso a matéria poderá ser votada diretamente pelo plenário da Casa, sem passar pelas comissões.
Como o aborto é um dos temas mais sensíveis de discussão na sociedade, o projeto levantou polêmicas e discussões durante a semana. A expectativa é de que a matéria seja votada até o recesso parlamentar que está marcado para o dia 17 de julho.
Crítica
Pelas redes sociais, a vereadora por Goiânia Aava Santiago (PSDB) se posicionou de forma contrária a deputada que faz parte do mesmo partido. Em vídeo, ela criticou o projeto e afirmou que a proposta relativiza a violência que vítimas de estupro sofreram.
“Apesar das subnotificações, no Brasil é registrado um estupro a cada oito minutos”, disse a parlamentar da Câmara Municipal de Goiânia. “(…) Enquanto pouco se discute para minorar essa tragédia, no Congresso Nacional, a bancada evangélica se ocupa em imputar como criminosas meninas e mulheres. Aquelas que passam por essa experiência dolorosa com o vergonhoso objetivo de ‘testar’ o compromisso do presidente Lula com os evangélicos”, criticou.
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