Instituições de ensino brasileiras sofreram onze atentados desde 2019

25 dezembro 2022 às 07h38

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Ao menos onze atentados contra escolas ocorreram desde 2019 no Brasil, em um intervalo de quatro anos. Incluindo o caso mais recente no final de novembro, em Aracruz, no Espírito Santo, no qual um jovem armado invadiu dois colégios e vitimou três pessoas. Fora outras 28 ameaças de massacres em instituições de ensino em todo o país que levaram a apreensões, interrogatórios e suspensão das aulas.
Entre as situações de maior preocupação, Goiás registrou pelo menos quatro casos de ameaças de maior gravidade que levaram as autoridades a tomar atitudes mais sérias. Sendo que dois aconteceram em Goiânia e outros dois no interior do estado, Aparecida de Goiânia e Luziânia.
De acordo com a Secretaria de Estado de Educação de Goiás (Seduc-GO), desde o início do ano letivo de 2022, houve pelo menos 20 situações interceptadas que poderiam promover ameaças de ataques em escolas da rede estadual. Em um dos casos, dois adolescentes foram apreendidos pela Polícia Civil (PC-GO), em abril, suspeitos de divulgarem áudios sobre um massacre em uma instituição no Setor Garavelo, na capital.
Em Aparecida de Goiânia, um outro jovem realizou ameaças em um grupo de mensagens de um colégio municipal, com fotos até de um fuzil dentro de uma mochila. Mas, após investigações e buscas na residência do adolescente, a PC-GO constatou que o objetivo do suspeito era fazer “humor”.
Outra ocorrência que merece destaque aconteceu em uma universidade particular da capital goiana. Um dos alunos do curso de Ciência da Computação enviou mensagens que deixaram os estudantes com medo de um massacre. “Se vocês fizessem um massacre, quem poupariam da nossa sala?”, perguntou o estudante de 19 anos. Após ser ouvido pela Polícia, ele pediu desculpas e recebeu uma suspensão.
Massacre do Colégio Goyases
No dia 20 de outubro de 2017, um estudante de 14 anos do oitavo ano do ensino fundamental realizou um ataque no Colégio Goyases, em Goiânia. A motivação para o massacre teria sido porque o autor sofria bullying de um dos colegas na instituição. Ao todo, dois adolescentes foram mortos a tiros e outros quatro ficaram feridos, sendo que uma ficou paraplégica.