Revitalização do Centro de Goiânia pode ser tiro de misericórdia no comércio

26 outubro 2023 às 19h23

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Nos últimos anos, o comércio do Centro de Goiânia foi o mais prejudicado de todo o município, ao ser considerado os quase dois anos de pandemia da Covid-19. É que antes desse período de crise sanitária, com lockdown, os lojistas do Setor Central já enfrentavam constantes interrupções com obras da Prefeitura.
Em 2019, teve início na Avenida Goiás as obras de construção do BRT (ônibus de trânsito rápido). Foi mais de um ano de transtornos aos comerciantes, que ficaram isolados dos seus clientes. Agora, com o décimo anúncio de revitalização da região e com a chegada de novas obras, o comércio deve ficar isolado novamente.
Uma das promessas da revitalização do Centro da Capital é justamente alavancar, de novo, o principal local do comércio goianiense, que nos tempos de ouro concorria com a região do Setor Campinas. No entanto, uma iniciativa do Poder Público para resgatar o comércio talvez tenha chegado tarde demais. Isso porque, o setor de serviços, principalmente o de rua, tem sido mais impactado pela comodidade do comércio elétrico. Ou seja, boa parte do consumidor tem preferido comprar pela internet e receber o produto no conforto do seu lar.
Essa nova tendência de consumo tem impactado até os shoppings center, que até então, eram os concorrentes do comércio de rua, ao oferecer comodidade aos clientes e segurança. Para se ter ideia, a Kalunga e a Novo Mundo fecharam as portas de suas lojas no Flamboyant – o mais tradicional shopping da Capital.
A partir desse exemplo, em que um centro de compras, equipado com segurança, ar-condicionado, horário flexível e várias modalidades atrativas, como cinemas e praças de alimentação, passam por crise, imagine o comércio do Centro de Goiânia, no qual o consumidor enfrenta todo tipo de tipo de intempéries, como das obras intermináveis na Praça Cívica.
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