A violência dentro dos presídios goianos despencou nos seis primeiros meses de 2023, se comparado ao mesmo período do ano passado. O número de fugas, por exemplo, sofreu queda de 40%, passando de cinco registros em 2022 para três em 2023. Ao todo, oito detentos deixaram o presídio este ano, sendo que sete já foram recapturados. Os dados são da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP).

O número de motins também sofreu queda de 36,3%, assim como a interceptação de fugas (queda  de 20%) e foragidos (queda de 33,3%). Este ano, inclusive, foram contabilizados sete motins, contra 11 no mesmo intervalo de tempo de 2022. A última rebelião registrada no sistema penitenciário goiano foi em 2021.

“A redução dos crimes passa pelo combate à criminalidade violenta, tráfico de drogas e as facções criminosas. Estas três coisas estão relacionadas com os presídios. A partir do momento em que o controle dos presídios voltou para as mãos do Estado, como deve ser, o que ocorreu a partir de 2019, houve o imediato reflexo nas ruas”, explica o diretor-geral de Administração Penitenciária, Josimar Pires.

Criminalidade nas ruas

Além do sistema penitenciário, os crimes nas ruas também diminuíram, conforme a SSP. O número de homicídios dolosos, quando há intenção de matar, caiu 12,3% no período, sendo que 128 municípios não registraram nenhum crime deste tipo em 2023. 

Entre os Crimes Violentos contra o Patrimônio (CVP), houve queda em todas as tipificações: roubo de carga (63%), roubo de veículos (34,1%), roubo a transeunte (29,7%), roubo a residência (28,3%) e roubo em comércio (23,4%). Desde 2019, Goiás não contabiliza roubo a instituição financeira. Além disso, 97 municípios goianos não registraram nenhum Crime Violento contra o Patrimônio neste ano.