O número de vítimas de afogamento em Goiás sofreu um aumento de 20,9% entre janeiro e setembro de 2023, se comparado a todo ano passado. Em 272 dias (deste ano), o Corpo de Bombeiros foi acionado para atuar em 127 ocorrências. Durante o decorrer de 2022, porém, foram registrados 105 acionamentos.

Na comparação com o mesmo período (de nove meses), o aumento é ainda maior, de 59,7%. Apenas neste final de semana, a corporação foi acionada para atender ao menos quatro afogamentos em quatros cidades: Aparecida de Goiânia, Goianira, Jataí e Cristalina. Todas as ocorrências contaram com mortos, incluindo, uma criança de 8 anos. 

“Os principais motivos são a falta de conscientização sobre os perigos da água  e a imprudência. Muitas pessoas não compreendem completamente os riscos associados à natação em áreas não supervisionadas ou desconhecem as correntes perigosas de rios e lagos”, explicou o tenente-coronel Luiz Eduardo Lobo.

“Nadar sob a influência de álcool ou drogas, ignorar avisos de segurança e não seguir as orientações dos salva-vidas são exemplos de comportamento imprudente que pode levar a afogamentos”, reforçou.

Dicas a serem seguidas 

Luiz afirma que uma das formas de evitar se afogar é nunca nadar sozinho, mas sempre acompanhado. O banhista, porém, precisa estar ciente das condições da água, incluindo correntes e profundidade.

Seguir as regras e avisos de segurança dos locais de natação, como praias e piscinas públicas, podem evitar um acidente e até a morte, conforme o bombeiro. O banhista também deve pensar bem antes de entrar na água sob o efeito de drogas ou álcool.

Caso o banhista se depare com uma pessoa afogando, de acordo com o tenente-coronel, é necessário manter a calma e chamar imediatamente os serviços de emergência 193 para solicitar ajuda profissional. Se for necessário entrar na água, é preciso usar um dispositivo de flutuação, se disponível, além de se manter seguro para que não venha se afogar também.

“Após retirar a vítima da água, se necessário, inicie imediatamente a reanimação cardiopulmonar até a chegada dos serviços de emergência. Os bombeiros têm equipes treinadas e equipamentos especializados para buscar e resgatar vítimas de afogamento em corpos d’água”, concluiu.