A ‘roupa nova’ que faltava para o Centro Cultural Martin Cererê
Raphael Bezerra
21 janeiro 2024 às 09h39
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O Centro Cultural Martin Cererê, no setor Sul, em Goiânia, está com roupa nova, com cara de rebeldia. O local recebeu murais de grafite pintados por 12 artitas goianos durante os festivais Vaca Amarela e RapGround 2023.
Agora, o local passa a ser uma galeria de arte urbana a céu aberto, com a expresão artística que cobrem os mais de 40 metros quadrados do local. As intervenções na Indumentária foi uma das demandas da cena cultural alternativa de Goiânia depois da reforma e reinauguração em abril do ano passado entregues pela Secretaria da Cultura (Secult).
Veja as obras:
O espaço passou por diversas transformações, reformas e abrigou diferentes expressões e vozes desde 1988. Quando aquele espaço rodeado por mato foi descoberto, a solidez das caixas que de concreto que abasteceram a sede da cidade passaria a abastecer a fome por algo mais visceral.
Entre os artistas que assinam os ‘quadros’ é Danilo Itty, responsável por um colorido painel de aproximadamente 8 metros de comprimento. “Ele representa minhas vivências no Martim Cererê. Além disso, busquei unir música e arte representando o meu estilo”, explica Danilo sobre a obra grafitada em apenas dois dias, com patrocínio da empresa goiana de tintas Luztol.
Inspiração no HipHop
Os murais são assinados também pelos artistas Plant (Karlla Janaína), Anametista (Ana Paula Ferreira), Buias (João Victor Santos), Leoua (Thaís Silva), Tisha (Letícia de Sá), Mury (Jéssica Muriel), Vant (Victor Leonardo Carvalho), Ferds (Fernando Ribeiro), Kabelin (Eleandro Guilherme) e Naik (Thiago Fernando Pereira).
Já o bar do Martim Cererê recebeu ilustrações de Paulo Paiva, com colaboração de Benjamin Garcia. No local são realizadas apresentações culturais como lançamentos de livros, declamações de poemas e discotecagem, entre outras atividades. “A ideia do painel surgiu da necessidade de resgatar as nossas raízes, trazendo elementos caipiras para um lugar que respira a nossa cultura e abre espaço para a música alternativa goiana”, detalha o artista.
Para a secretária de Estado da Cultura, Yara Nunes, unir a diversidade cultural própria do Martim Cererê com murais em grafite é mais uma forma de evidenciar a força da arte goiana. “O Centro Cultural Martim Cererê recebe shows, peças teatrais e feiras diversas, então estamos sempre abertos às possibilidades que a arte e os nossos fazedores de arte apresentam”, afirma. Os murais ficarão expostos por tempo indeterminado.
