Após eleições, Governo Federal volta a olhar para economia e planeja cortes no orçamento

28 outubro 2024 às 20h30

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A equipe econômica do governo federal prometeu que, após as eleições municipais, dará continuidade ao novo pacote de ajustes fiscais com o objetivo de reduzir os gastos obrigatórios do governo. Haddad planeja um corte entre R$ 30 e R$ 50 bilhões, que impactará as contas públicas pelo menos até o final do governo.
Sob forte pressão, a equipe econômica volta a discutir medidas para reduzir gastos e assegurar a sustentabilidade do arcabouço fiscal, com propostas a serem reveladas ainda nesta semana. No mercado financeiro, os próximos dias estão sendo vistos como uma “semana decisiva”, em que se avaliará se o governo “prometeu o impossível” sem a aprovação de Lula.
Entre as medidas em discussão estão alterações em benefícios temporários, como o seguro-desemprego e o abono salarial, além de ajustes em benefícios assistenciais, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC).
Nos bastidores, o Ministério da Fazenda sugere um pacote de ações significativas para tentar restaurar a confiança, cuja crise já foi reconhecida publicamente por auxiliares do ministro Fernando Haddad. Além disso, a ministra Simone Tebet, responsável pelo Planejamento, afirmou que uma das iniciativas pode, sozinha, economizar cerca de R$ 20 bilhões.
Uma sugestão que vem ganhando destaque nas discussões da equipe econômica, é a de descontar o valor do seguro-desemprego da multa rescisória do FGTS. A ideia central é que, quanto maior. A proposta é que, quanto maior a multa paga ao trabalhador, menor seria o valor do seguro-desemprego. Isso levaria a uma redução no número de parcelas do benefício, permitindo que o governo economize recursos.
Os supersalários de servidores públicos, que ultrapassam o teto salarial do funcionalismo, fixado atualmente em 44 mil reais, estão sendo alvo de atenção pela equipe econômica do governo.
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