A secretária da Economia, Selene Peres Peres Nunes, recebeu a diretoria do Sindifisco-GO em seu gabinete no Complexo Fazendário na última sexta-feira, 24, para reduzir mal estar gerado após “declaração infeliz” nas redes sociais. Os auditores queriam explicações relativas à sua fala em conteúdo publicado na rede social “Mesa de Debates IDFin”. A secretária chamou de “Festival de absurdos!” (sic) a emenda inserida na Proposta de Emenda à Constituição — PEC 45, que visa equiparar o teto salarial dos servidores das administrações tributárias dos entes subnacionais ao teto dos servidores da União.

De acordo com os interlocutores da reunião, Selene Peres Nunes afirmou que sua declaração teve tom crítico centrado na reforma tributária em sua globalidade. Além disso, ela se comprometeu a se manifestar por meio de documento a ser encaminhado à diretoria da entidade sindical do Fisco goiano.

O presidente do Sindifisco, Paulo Sérgio Carmo, teria corrigido a secretária reforçando ser natural a discordância quanto ao teor da emenda, porém, ao dizer que esta teria concedido reajuste de salário aos Auditores-Fiscais, fez uma afirmação inverídica, uma vez que a alteração de limite remuneratório não garante equiparação salarial.

Além do presidente do órgão sindical do fisco, estiveram na reunião: a secretária adjunta da Economia, Renata Noleto, os diretores Guilherme Parmigiani e Cláudio Modesto, além do presidente do Conselho Sindical, Alexandre Augusto de Paiva.

Na ocasião foi debatida ainda a questão das férias acumuladas por uma parcela considerável de Auditores-Fiscais que pode trazer prejuízos à arrecadação estadual. Selene Peres respondeu que essa é uma demanda importante e que vai analisar a questão das férias de ofício com mais profundidade nos próximos dias.

Além disso, o presidente do Sindifisco-GO cobrou da secretária uma posição sobre a situação prevista para os próximos meses de um agravamento no déficit do quadro atual em exercício. Tal fato decorre em razão do grande número de Auditores-fiscais — cerca de 163, do total de 549 — que serão obrigatoriamente afastados, de ofício, a partir de agosto de 2024, comprometendo significativamente a execução das tarefas essenciais da administração tributária goiana e, com isso, a arrecadação do Estado.

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