Integrantes das missões diplomáticas de Argentina, Bélgica, Canadá, Costa Rica, Filipinas, França, Hungria, Itália e Portugal vêm a Goiás para conhecer as iniciativas estaduais que impulsionam a sustentabilidade do setor. Sob a coordenação da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Goiás (Seapa), os representantes das nove embaixadas farão uma visita ao município de Jataí, no sudoeste goiano, nesta quinta-feira, 23. Eles serão acompanhados pelo titular da pasta, Pedro Leonardo Rezende, que fará uma palestra sobre o agronegócio goiano e as ações do governo de Goiás para estimular a produção sustentável no Estado.

De acordo com o secretário, a principal dessas ações foi a criação do Programa Estadual de Bioinsumos, ainda em 2021. “Muitos produtores goianos já estavam descobrindo os biológicos, mas com o programa, nós institucionalizamos este tema e Goiás se tornou uma verdadeira referência”, ressalta.

Pedro Rezende ainda informa que a secretaria está montando uma rede de 13 unidades de pesquisa e transferência de tecnologia com o objetivo de impulsionar o desenvolvimento e democratizar o acesso aos bioinsumos, para fazer de Goiás o maior ecossistema de inovação em biólogos do Brasil.

A Seapa destaca que o Estado tem recebido dezenas de missões diplomáticas nos últimos meses, com o intuito de mostrar que Goiás vem se tornando uma potência cada vez maior no agro, mas com uma preocupação também crescente com a sustentabilidade.

O prefeito de Jataí, Humberto Machado (MDB), receberá os visitantes estrangeiros e juntos participarão de um dia de campo na empresa Solubio, que detém atualmente a mais moderna fábrica de bioinsumos da América Latina e mantém em seu corpo técnico 30 pesquisadores com PhD e cinco com pós-doutorado. A empresa está avaliada em R$ 1 bilhão.

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Bioinsumos

Os chamados bioinsumos são produtos de origem biológica (animal, vegetal ou microbiana) utilizados para combater pragas e/ou fertilizar o solo, objetivando o aumento da produtividade da lavoura. Em síntese, são uma alternativa mais sustentável e, em via de regra, mais barata ao uso convencional de defensivos e fertilizantes químicos.

Por apresentarem baixa toxicidade e serem biodegradáveis, esses insumos biológicos promovem a implementação de uma agricultura regenerativa, reduzindo os impactos ambientais quando comparados com os agroquímicos tradicionalmente utilizados pelos produtores.

Apesar de o produtor rural brasileiro adotar uma postura conservadora quando se fala em novos insumos para sua lavoura, o custo-benefício e os bons resultados, principalmente do ponto de vista da variabilidade para combater a resistência às pragas, têm sido fatores determinantes para inserção dos produtos biológicos no mercado.