Veter Martins: “Sem dúvidas, Vilmar Mariano ganhará as eleições no primeiro turno”

28 janeiro 2024 às 00h01

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Bárbara Noleto, Elder Dias, Euler de França Belém, Italo Wolff e Nielton Soares
Em 2016, foi eleito vice-prefeito da cidade ao lado de Gustavo Mendanha, cargo em que permaneceu até as eleições de 2020. Em 2021 foi secretário de Planejamento e Regulação Urbana da cidade e, em 2022, se lançou candidato a deputado estadual, quando se elegeu com mais de 30 mil votos para a 20ª Legislatura da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego).
Nesta entrevista ao Jornal Opção, o deputado comenta o assunto que mais lhe tem ocupado: a reeleição de Vilmar Mariano. “Na minha agenda, eu vou primeiro à Prefeitura, depois à Assembleia, e volto para a prefeitura de Aparecida de Goiânia. Acompanho o prefeito em tudo que é preciso, buscando parcerias com o governador”, afirma sobre sua rotina.
Nielton Soares — O senhor está no PRD, mas iria para o União Brasil. Como está essa negociação?
Quando eu, o prefeito de Aparecida de Goiânia Vilmar Mariano (MDB), e Daniel Vilela (MDB) combinamos a migração do prefeito para o MDB, também me coloquei à disposição do partido, mas isso não foi necessário. Agora, tenho de esperar a janela partidária. Houve a fusão do meu antigo partido, Patriota, com o PTB e eu entrei com uma consulta no TRE para, caso saísse do partido, fazer isso com segurança. Essa mudança não é algo que eu seja obrigado a fazer — está em consulta e só depois definirei se fico no PRD ou se vou para outro partido. Nesse caso, seria o União Brasil, até para me pôr a serviço do governador.
Nielton Soares — O União Brasil não tem uma comissão em Aparecida de Goiânia. O senhor acredita que poderia contribuir com a construção de um diretório do União Brasil na cidade?
O governador Ronaldo Caiado (UB) é o presidente estadual do partido e eu não conversei com ele sobre isso. Existe na imprensa o discurso de qeu Gustavo Mendanha (PRD) teria recebido a missão de fortalecer o União Brasil lá, mas isso é uma questão natural. Temos um candidato a prefeito do MDB que será apoiado pelo Daniel Vilela e, consequentemente, pelo governador. E a nossa missão é de fortalecer os partidos da base, principalmente UB e MDB, então é uma união de forças — minhas forças, do Gustavo, de todos aqueles que têm interesse na reeleição do prefeito Vilmar Mariano e também nos que se interessam pelo fortalecimento da base governista. Em especial, Daniel Vilela, por ter essa história em Aparecida de Goiânia e representar o legado do pai, Maguito Vilela, que foi um grande prefeito da cidade. Então, no UB ou em qualquer outro partido, estarei fortalecendo o grupo do governador Ronaldo Caiado.
Elder Dias — Ainda faltam oito meses para as eleições, mas temos visto em pesquisas de intenção de votos que o candidato Professor Alcides (PL) está à frente e que Vilmar Mariano é relativamente pouco conhecido. Isso é um complicador para a campanha?
Não. Isso é um facilitador. Ele é desconhecido e pontua bem nas pesquisas. É preciso entender o seguinte: Vilmar Mariano nunca disputou eleição majoritária. Ele sempre foi muito bem votado para vereador. Então isso é natural. Eu me lembro de que, quando eu fui candidato a vice-prefeito ao lado de Gustavo Mendanha, saímos de 3% de intenção de votos e finalizamos com 69%, ganhamos em primeiro turno. Porque a força conjunta de todos que estavam envolvidos no processo apresentou o candidato Gustavo Mendanha. E nós tínhamos um cabo eleitoral muito bom, que era o Maguito.
Hoje, a situação é semelhante: temos vários cabos eleitorais bons para apresentar o Vilmar para a porção da população que não o conhece. Nosso adversário é muito conhecido na cidade — quantas eleições ele não disputou para prefeito e deputado estadual? É natural que, hoje, ele seja lembrado com mais facilidade nas pesquisas. Diferentemente de Vilmar Mariano, que está prefeito, mas disputou a eleição como vice.
A partir do momento que começarmos as movimentações políticas de eleição, o bloco sai para a rua e todo o exército se mobiliza. É um exercito que conta com os principais atores da política goiana do lado de Vilmar Mariano: Gustavo Mendanha, Ronaldo Caiado, Daniel Vilela. Eu não tenho dúvidas de que Vilmar Mariano ganhará a eleição no primeiro turno.

Elder Dias — Existe uma similaridade entre o prefeito de Goiânia Rogério Cruz (Republicanos) e Vilmar Mariano: ambos ex-vereadores e vice-prefeitos que assumiram. O senhor considera que a situação dos dois é muito diferente para a eleição?
Totalmente diferente. Eu não enxergo semelhanças. Rogério não conseguiu manter o grupo político unido na prefeitura. Não me refiro à pessoa do Rogério, por quem tenho respeito, mas à sua atuação política. Em Goiânia, Rogério compôs a prefeitura com seu próprio secretariado; diferentemente de Aparecida de Goiânia, onde Vilmar Mariano deu continuidade ao projeto que encontrou quando chegou à Prefeitura. O planejamento tem origem em 2009, na gestão de Maguito Vilela. Essa é uma das razões pelo apoio de Daniel Vilela: manter esse legado.
Euler de França Belém — Então o representante do legado do Maguito é o Vilmar Mariano?
Sim. Hoje, ele é o único candidato que mantém o planejamento seguido por Mendanha e originado em Maguito Vilela.
Euler de França Belém — Gustavo Mendanha é muito importante para a campanha de Vilmar Mariano?
Muito. Gustavo Mendanha foi um excelente prefeito. Mostrou a que veio e teve muita competência em dar continuidade aquela gestão que o Maguito iniciou. Inovou também, até pela juventude, mostrou sua visão de cidade inteligente, incentivou a robótica, foi um case de sucesso no enfrentamento à pandemia. Hoje, a população de Aparecida de Goiânia tem enorme respeito por Gustavo Mendanha.
Euler de França Belém — Então, na campanha, ele vai ser decisivo?
Com certeza será importante.
Euler de França Belém — Há pesquisas que revelam que entre 40 e 50% dos eleitores ainda não sabem que Vilmar é o candidato apoiado por Mendanha, bem como não sabem que Vilmar é apoiado pelo governador. Então, algo muda quando essa identificação for maior?
Sim — quando identificarem esse apoio, as eleições serão decididas. Eu fico relativamente tranquilo porque as pesquisas já revelam bons índices de Vilmar Mariano sem ao menos termos atuado para identificá-lo como candidato da base. Quando acontecer essa associação, a eleição está praticamente terminada.
Elder Dias — Acredita que muitos eleitores que hoje votam no candidato Professor Alcides pode passar a votar em Vilmar Mariano por conta das indicações de Caiado e Mendanha?
Isso vai acontecer, sem sombra de dúvidas. Desde que cheguei a Aparecida de Goiânia, em 1992, vi a cidade se transformar: quando fui vereador naquela época, tínhamos de fazer campanha para o aparecidense transferir a placa do automóvel para a cidade, porque o povo tinha vergonha de ter o nome de Aparecida no veículo, diziam que desvalorizava o carro. Agora, veja quantos condomínios fechados temos, quantos Jardins e Aldeias, quantas indústrias e polos automotivos. Andando por Aparecida nós tropeçamos em carros de luxo. Você acha que a população quer algo diferente disso?
É isso que vamos mostrar na campanha. A segurança da continuidade desse projeto é o Vilmar Mariano, Gustavo Mendanha, Daniel Vilela, o governador Ronaldo Caiado. E quando eu falo em Daniel, trago também a memória de Maguito Vilela. Quem dá ao cidadão a segurança de que a cidade vai continuar crescendo e sendo do jeito que é hoje? Eu não quero arriscar, e a população também não sente o desejo de mudança — quer mais do que está funcionando.
Euler de França Belém — O vereador André Fortaleza (MDB) também simboliza uma força política. Ele vai apoiar Vilmar Mariano?
André é presidente do poder Legislativo e se apresenta como pré-candidato a prefeito. Eu vejo possibilidades de que esse apoio aconteça, até porque eles eram amigos. Existe um distanciamento, que eu acredito vir de questões políticas, mas que pode ser superado.
Euler de França Belém — O voto evangélico está com Vilmar Mariano?
Eu tenho uma entrada muito grande no segmento católico, por aberto espaço na gestão de Mendanha para que a instituição da Igreja Católica dividisse seus problemas. Católicos tinham uma barreira com a prefeitura, e mostrei que estávamos ali para prestar serviços, o que acabou trazendo uma proximidade muito forte com o Gustavo, e hoje com o Vilmar. Tenho essa boa relação com todos os padres de Aparecida e alguns de Goiânia também.
Sei que a maioria das igrejas evangélicas hoje está com Vilmar. A maioria dos partidos está com Vilmar e, consequentemente, a maioria dos candidatos a vereador também. São 18 vereadores que declararam apoio a ele, e outros podem vir. Por isso eu digo que todas as forças políticas convergiram para ele, seja no segmento político, religioso, empresarial, industrial.

Nielton Soares — Nesse cenário, qual o peso do ex-prefeito Ademir Menezes? Dizem que ele poderia sair como vice em uma das chapas. E quanto a João Campos (Podemos)?
Temos que respeitar Ademir Menezes, que foi prefeito da cidade e deu sua contribuição. Ele tem seu peso eleitoral. Conversei com ele e tenho conversado com seu filho, Max Menezes, e o prefeito Vilmar Mariano também tem buscado esse diálogo. Acho que Ademir Menezes vai deixar para escolher seu apoio em um momento mais oportuno, mas há grande possibilidade de que ele caminhe conosco também.
João Campos também está conosco. Inclusive, é um dos bons nomes que figuram como possibilidade de vice para Vilmar Mariano em 2024.
Nielton Soares — O senhor acredita que a disputa será resolvida no primeiro turno?
Diante do mapa que esboçamos aqui, não vejo a possibilidade de um segundo turno. O diferencial de Professor Alcides é que foi o candidato a deputado federal de Aparecida e, inclusive, foi o único candidato apoiado pelo prefeito. Como deputado federal, foi o escolhido para levar recursos para a cidade.
Iremos apontar esse fato na campanha: Professor Alcides foi eleito por Aparecida com o discurso de que traria recursos para a cidade, e vai largar essa vaga tão disputada? Se esse era seu projeto, deveria ter deixado outro ser o candidato a deputado federal em seu lugar e então se candidatasse a prefeito. Não é justo com a cidade que Alcides deixe um mandato tão importante no meio da legislatura para tentar ser prefeito. Aparecida de Goiânia precisa de um representante direto que leve recursos de emendas parlamentares. Nós vamos mostrar para a população o que vamos perder com a decisão dele.
Italo Wolff — Como o senhor vê o cenário eleitoral em Goiânia?
Eu vivo tanto Aparecida que pouco tenho vivenciado Goiânia. Meu desejo é de que Bruno Peixoto (União Brasil) seja candidato; estou torcendo para que isso aconteça. Ele tem feito uma bela gestão na Assembleia Legislativa, voltada para o povo e para os deputados. Se ele tiver a oportunidade de ser prefeito de Goiânia, fará uma bela gestão.
Bruno Peixoto vem de uma escola muito boa — a escola do MDB de Iris e do União Brasil do governador. Então, ele está muito antenado com as gestões e teve bons professores. Com certeza faria uma gestão à altura do que o povo goianiense está precisando nesse momento. Então, se ele for candidato, o que eu puder fazer para ajudá-lo eu farei.
Elder Dias — Os problemas de Goiânia e de Aparecida são os mesmos?
Não. Aparecida tem basicamente cinco cidades dentro de uma única cidade. Os problemas que nós temos no Madre Germana são muito diferentes dos que nós encontramos na Vila Brasília, no Santa Luzia. O gestor de Aparecida deve ter a sensibilidade de saber aplicar seus recursos nessas várias pequenas cidades de maneira que contemple o todo.
Goiânia, por outro lado, é uma cidade mais harmônica, unificada, que não sofreu tanto quanto Aparecida sofreu. Aparecida sofreu muito, num passado recente, por falta de representação política e de pessoas que levassem recursos para lá. E isso tem um reflexo: 20% da cidade ainda precisa de asfalto. São loteamentos antigos, sob responsabilidade do poder público municipal. Agora é que estamos universalizando o esgoto e a água tratada, mas demorou muito tempo. Em Aparecida, você vê muitos lotes baldios e vazios urbanos. São caracteristicas que ainda precisam ser mudadas. Temos um desafio muito grande em relação ao presidio; felizmente, o governador já sinalizou que podemos negociar uma nova area para o processo de mudança. São várias particularidades que Goiânia não tem.
Elder Dias — A gente tem cada vez mais uma polarização ideológica no Brasil. Até algum tempo atrás, acreditava-se que isso estava restrito às eleições gerais, que não atingiria as municipais, que sempre teve características próprias. Você acha que isso vai mudar? A grande influência da direita, do bolsonarismo; e do outro lado, do anti bolsonarismo, da esquerda, como isso vai pegar? Porque, por exemplo, o trunfo do Alcides é ser do partido do ex-presidente e ele está colocando isso na campanha. Então, de certa forma, ele está apostando nessa polarização da campanha municipal.
Eu confesso que, assim como você já antecipou, nas minhas experiências passadas não havia interferência de nivel federal nas eleições municipais. Continuo achando que não vai ter, as coisas são muito paroquianas, as discussões são muito voltadas para dentro de casa. Até porque, acontecem juntamente as eleições municipais para vereador. Você fica muito restringido ali e o eleitorado do vereador é muito pessoal. Então eu ainda acredito que não vai ter essa interferência.
Elder Dias — Se Professor Alcides trouxer Bolsonaro (PL), vocês pensaram em buscar contato com a esquerda? Acredita na influência dessa polarização?
Não. Eu entendo que a eleição vai ser definida em casa, no debate dos problemas concretos e locais. Citei os nomes dos principais atores: Ronaldo Caiado, Daniel Vilela Gustavo Mendanha — esses são os nomes que importam para a eleição em Aparecida de Goiânia. Quem tiver o apoio dos três tem a vantagem. Eu não enxergo que forças polarizadoras nacionais possam mudar esse quadro.
Bárbara Noleto — Goiás tem um público majoritariamente conservador e de direita, mas a relação com o governo federal é muito importante para qualquer gestão. Você considera que é uma vantagem de Vilmar Mariano ter uma relação melhor com o Governo Federal do que Professor Alcides?
Sem dúvidas. Maguito Vilela teve dois fatores que o ajudaram a virar a chave em Aparecida e se eternizar com uma gestão brilhante: o primeiro fator foi seu talento e visão. O segundo fator foi sua condição de buscar recursos no governo federal. Maguito foi o prefeito que mais conseguiu mais recursos federais proporcionalmente à população em todo o Brasil. Em valores absolutos, ele conseguiu mais para Aparecida de Goiânia do que Paulo Garcia conseguiu para Goiânia.
Seja lá quem for o presidente, bom trânsito com todos é uma vantagem. Maguito sempre falava: “governo não faz oposição a governo”. Em momento nenhum o prefeito deve brigar com o governador e nem com o presidente, pois essa briga não interessa ao cidadão. A população precisa do trabalho unido dos governos.
Por exemplo, o ex-governador Marconi Perillo (PSDB) sempre foi um oponente partidário histórico de Maguito Vilela, mas veja a relação que eles tinham. Era uma relação republicana, diplomática. O governo federal tem uma grande quantidade de recursos disponíveis, então é importante que o povo tenha acesso a esses benefícios, independentemente é a esquerda ou a direita quem empenha.
Para todo governo municipal é importante buscar recursos. Vilmar Mariano tem tido competência e condições de buscar recursos no governo federal através dos deputados federais — todos os deputados federais goianos ajudam a cidade de Aparecida. Alguns com mais intensidade do que outros, mas todos ajudam. Todos os três senadores também têm levado recursos.

Nielton Soares — O prefeito é um bom ouvinte? Ele chama vocês deputados para conversar?
Sim, ele é um bom ouvinte. É muito autêntico, um cara que fala o que pensa. Não guarda rancor nem mágoa, resolve qualquer discordância. E ele é muito leal; foi leal a Gustavo Mendanha em todos os pleitos desde a Câmara até chegar a prefeito. Tem buscado aconselhamento com Daniel Vilela porque o escuta. Por essas qualidades, eu me propus a ficar ao lado de Vilmar Mariano todos os dias, até passarem as eleições. Na minha agenda, eu vou primeiro à Prefeitura, depois à Assembleia, e volto para a prefeitura de Aparecida de Goiânia. Acompanho o prefeito em tudo que é preciso, buscando parcerias com o governador.
Elder Dias — Essa união com o Vilmar nesse momento, é uma missão dada ou uma iniciativa pessoal?
É uma iniciativa pessoal. Sou amigo do Vilmar há 24 anos. Acredito em sua boa vontade, em sua condução de gestão. O conheço como poucos; disputamos nossa primeira eleição juntos e ajudamos a montar o partido PTM entre 1998 e 1999. Disputamos pelo mesmo partido e, mesmo assim, conseguimos não rivalizar. Nós dois fomos eleitos — ele inclusive me deu “uma surra”, foram 800 votos na minha frente. Em 2004 eu “me vinguei”, fui o mais bem votado de Aparecida, 3.059 votos.
De lá para cá, nunca nos afastamos. Em todos meus projetos politicos, Vilmar Mariano esteve do meu lado e vice-versa. Vimos os filhos um do outro crescer. Não é só pela amizade, existe um respeito e uma amizade muito fortes, sim, mas existe também a confiança naquilo que ele tem condição de fazer para a cidade.
Nielton Soares — Gustavo Mendanha interfere muito na prefeitura?
Na verdade, o Gustavo vai pouco à prefeitura. Não interfere. Muita gente fala que ele interfere, mas porque? Porque o Vilmar não mexeu no secretariado.
Nielton Soares — Mas ele tirou o André Rosa.
Vamos fazer justiça aqui. Ele não tirou o André Rosa, ele quis sair. André Rosa não quis se adequar à nova gestão, ao novo prefeito, então é diferente. Se Vilmar Mariano quisesse tirar o André Rosa, ele tinha tirado no primeiro dia, mas ficaram juntos por mais de um ano, até a relação ficar insuportável. A alma da prefeitura é a Secretaria da Fazenda, se o prefeito e o secretario não tiverem um bom dialogo, o que vai virar? Isso aconteceu até com a benção do Gustavo, porque ele sabe que se não estiver dando certo, é melhor trocar.
Nielton Soares — Essa última mudança também aconteceu com a benção do Gustavo? A troca do Carlinhos Moreira por Marlúcio?
Algumas mudanças não necessitam de consulta. Não sei se Vilmar Mariano falou com Gustavo Mendanha sobre essa troca, mas considero desnecessário, se não o prefeito fica engessado. O que é certo, é que Gustavo, eu e outros estávamos cientes — nada é escondido. Carlinhos começou secretário de quem? Foi no primeiro e no segundo mandato do Gustavo Mendanha, então continua secretário. Marlúcio, do Gustavo Mendanha. Einstein, secretário do Gustavo Mendanha e passou por várias pastas importantes. Foi chefe da Casa Civil, foi procurador geral, foi secretario de Captação de Recursos. Mario Vilela, da Infraestrutura, Valéria Petersen, das Relações Institucionais, quase todos os secretários que estão lá hoje são secretários que Gustavo Mendanha levou para o próprio secretariado. Então, houve pequenas trocas, mas é uma gestão de continuidade.
Elder Dias — Como Vilmar Mariano tem trabalhado a infraestrutura em Aparecida?
O empréstimo do Novo Banco de Desenvolvimento (Banco BRICS) que conseguimos na China, ao lado do Daniel Vilela, já está sendo aplicado. São bueiros em toda a cidade, vários lotes de asfalto já licitados, um eixo que liga o Bairro Tiradentes ao Madre Germana. O Vila Oliveira é um setor emblemático, porque todos os prefeitos que passaram pela gestão de Aparecida queriam asfaltar o bairro mas ninguém conseguiu.
Vilmar Mariano dizia que precisava arrumar coisas menores e criou o programa “Pequenas Obras, Grandes Resultados”. Esse programa identifica problemas pequenos, mas que às vezes estão em um ponto estratégico da cidade, um gargalo em um determinado setor. Ele está enchendo a cidade de praças e quadras de esportes.