Com janela partidária próxima, veja como está a situação de cada partido na Câmara

Com a proximidade da abertura da janela partidária, os vereadores goianienses precisam definir logo os planos para a próxima eleição municipal. Programada para iniciar no dia 7 de março, o período de mudança para os políticos com cargo eletivo finaliza em 5 de abril. Depois da data, caso um parlamentar troque de legenda, poderá perder o mandato.

Visando o pleito municipal deste ano e a busca pela reeleição, diversos vereadores já mudaram de partido antes da abertura da janela partidária. Para conseguir a desfiliação sem correr riscos de perder o mandato, o político precisa da Carta de Anuência. O instrumento serve para descartar a possibilidade de infidelidade partidária.

Solidariedade

Por exemplo, Ronilson Reis e Leandro Sena saíram do Partido da Mulher Brasileira (PMB) e se filiaram ao Solidariedade. No mesmo caminho, Pastor Wilson e Edgar Duarte também podem ir para a legenda. Atualmente a sigla é comandada por Denes Pereira, titular da Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana de Goiânia (Seinfra).

Bem visto pelos vereadores, o secretário é um dos aliados mais fortes do prefeito Rogério Cruz (Republicanos) e quer eleger cinco vereadores neste ano. Ao mesmo tempo, o plano inclui a indicação de outros dois nomes para secretarias da capital. Ou seja, ainda teria espaço para incluir novos nomes.

Além dos quatro citados, Gabriela Rodart também se filiou e o partido também conta com Joãozinho Guimarães e Anderson Sales. A única saída confirmada é a de Igor Franco, segundo o titular da Seinfra. Pereira contou que saída do líder do bloco Vanguarda é por conta do planejamento de montagem de chapa.

Só que ainda há espaço dentro da legenda pelo que parece, conforme a coluna Bastidores. Segundo a última atualização, quatro vereadores ainda podem se filiar ao Solidariedade. Dois podemos concluir que seriam Wilson e Duarte, outros dois ventilados foram Pedro Azulão Jr. (PSB) e Paulo Henrique da Farmácia (Agir). Jaiminho também já foi visto recebendo um convite.

MDB e União Brasil

Independentemente de quem terá o candidato a prefeito em Goiânia, o Movimento Democrático Brasileiro (MDB) e o União Brasil caminham juntos. Inclusive, as montagens de chapa das duas siglas já estão começando. O vice-governador Daniel Vilela (MDB) já está se reunindo com os vereadores e buscando outros nomes.

Ao mesmo tempo, enquanto aguarda a decisão do governador Ronaldo Caiado (UB) sobre quem será o candidato da dobradinha, o presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, Bruno Peixoto (UB), também está formulando uma chapa própria para o União Brasil. Por isso, diversos nomes compartilham rumores nos dois partidos.

Considerado um dos grandes puxadores de votos nas últimas eleições, Sargento Novandir não deve ficar no Avante para o pleito deste ano. Apesar de ser especulado no Partido Liberal (PL), ele também é um nome apontado para o União Brasil e o MDB. O mesmo caso de Sandes Júnior (PP), que inclusive recebeu convite do Vilela.

Em resumo, o MDB espera manter a atual bancada de seis vereadores: Anselmo Pereira, Denício Trindade, Dr. Gian, Henrique Alves, Izídio Alves e Kleybi Morais. Também há rumores de Novandir, Sandes, Wellington Bessa (DC) e até de Igor Franco. Só que o líder do bloco Vanguarda enfrenta resistência na sigla por ser oposição ao Paço Municipal.

Já o União Brasil conta apenas com um único vereador dentro da Casa, Paulo Magalhães, que deve buscar a reeleição. Entretanto, o partido deve buscar mais força para próxima legislatura, principalmente com Peixoto montando a chapa. Além de Novandir e Sandes, ainda há possibilidade da legenda receber o ex-vereador Bill Guerra (Solidariedade).

Republicanos

Segundo partido mais votado nas últimas eleições municipais, o único remanescente foi Isaías Ribeiro, inclusive o mais votado entre todos os candidatos. Sargento Novandir e Leandro Sena deixaram a legenda posteriormente, em sequência Sabrina Garcez e Léo José vieram, mas o segundo também saiu.

Ou seja, o plano para o Republicanos nas próximas eleições é reestruturar a chapa e o primeiro passo foi a filiação de Geverson Abel. Além entrar para a legenda, ele também deixou o mandato e assumiu a Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Economia Criativa (Sedec). O retorno de Novandir também não está descartado.

Podemos

Outro partido que almeja construir uma bancada sólida na Câmara, o Podemos ainda não conseguiu novas filiações entre os parlamentares. Composto atualmente por Léia Klébia e Welton Lemos, o partido também busca aproximação com Bessa. Inclusive, o ex-secretário estava no evento de filiação de João Campos recentemente.

PSD

Além do MDB, o Partido Social Democrático (PSD) pode ser o destino de Igor Franco. Pessoas próximas ao líder do Vanguarda indicam que a legenda pode ser a preferência do parlamentar, lembrando que ele é próximo de Lucas Kitão, outro membro do partido. Por outro lado, existe a possibilidade Luciula do Recante deixar a sigla.

PSDB

Recém reconduzido ao mandato e atualmente o único vereador sem mandato, Léo José pode se filiar ao Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). Interlocutores do parlamentar indicam que ele está conversando com Marconi Perillo. Ou seja, há uma grande possibilidade de Aava Santiago não ser a única vereadora tucana ano que vem.

PRD

Já no recém formado Partido Renovação Democrática (PRD), a expectativa é de que o presidente da Câmara, Romário Policarpo, e Cabo Senna continuem. Os dois pretendem seguir os planos de Jorcelino Braga para 2024. Situação que afasta o líder do Executivo de rumores envolvendo outros partidos.

Avante

Atualmente com três vereadores, possivelmente apenas Thialu Guiotti, que é o presidente estadual, deve prosseguir para eleições municipais. Com diversos conflitos com o líder em Goiás, Sargento Novandir deve ser disputado por outros partidos como cabo eleitoral. Jaminho também estuda outras chapas para buscar uma vaga na próxima eleição.

PL

O Partido Liberal (PL) deve focar em uma construção de chapa com nomes sem mandato, como o ex-vereador Oséias Varão. Mas, o vereador Willian Veloso continua sendo o principal cabeça e o partido pode buscar um outro nome para reforçar. Por exemplo, Sargento Novandir.

PSB

Com grandes chances de perder Azulão para o Solidariedade, o Partido Socialista Brasileiro (PSB) é um possível destino para o suplente Markim Goyá (PRD). Com a volta de Paulo Henrique da Farmácia, ele perdeu o mandato. Todavia, o representante do bairro Goyá ainda é o primeiro na fila de espera da Casa.

PMB

A intenção do presidente estadual do Partido da Mulher Brasileira (PMB), Santana Pires, é montar uma chapa sem políticos com cargos eletivos para 2024. Por isso, ele pretende liberar Wilson e Duarte do partido. Entretanto, a autorização ainda não foi assinada e a dupla segue na sigla até a oficialização.

PT

Apesar da presidente estadual Kátia Maria convidar Policarpo durante uma sessão no fim do ano passado, ele não deve ir para o Partido dos Trabalhadores (PT). A aposta fica para os nomes em ascensão, incluindo o suplente Fabrício Rosa, além da própria líder estadual. Nenhum outro vereador é especulado para se filiar ao PT.

PDT

A única certeza até o momento para o Partido Democrático Trabalhista (PDT) é de que Juarez Lopes deve continuar. Atualmente o único vereador pedetista na Casa, ele confirmou que está satisfeito com o grupo e que não pretende ir para outra chapa. Também não há outras conversas de representantes que possuem integrar o PDT.

DC

O Democracia Cristã (DC) deve ficar sem parlamentares na Câmara durante o ano. Sem Gabriela Rodart desde a sua saída para o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), Wellington Bessa também deve mudar de partido. A única forma seria vencer a ação de infidelidade partidária contra Rodart, o que é improvável, para ter uma cadeira.

Progressistas

Também com a possibilidade de ficar sem parlamentares na Legislativo goianiense, o Progressistas pode ficar sem Sandes Júnior. A alternativa para o partido manter uma cadeira no Parlamento pode ser Paulo Henrique da Farmácia. Antes do final de 2023, ele retomou o mandato assim como Léo José.

Agir

Caso Paulo Henrique deixe o Agir, o partido não terá mais vereadores representando o partido na Câmara. Ao mesmo tempo, não há sinal de negocições com outros parlamentares para manter a representatividade no Legislativo goianiense. Entretanto, o espaço aberto pode ser atrativo para vereadores buscando ser cabeça de chapa.