Sem receber um plano de ação, o projeto que autoriza o empréstimo de R$ 1 bilhão para a Prefeitura de Goiânia deve permanecer na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Entretanto, a falta de detalhes sobre o uso dos recursos não é a única preocupação a respeito da proposta. Vereadores também apontam que matéria pode flexibilizar mais empréstimos para o Executivo municipal.

Segundo o Artigo 5º do projeto que autoriza a contratação o empréstimo com o Banco do Brasil, o Paço Municipal também poderá abrir novas de créditos adicionais futuramente. “Fica o Chefe do Poder Executivo municipal autorizado a abrir créditos adicionais destinados a fazer face aos pagamentos de obrigações decorrentes da operação de credito autorizada nesta Lei”, diz o documento.

Por exemplo, o vereador Lucas Kitão (PSD), aponta que esse artigo seria um “cheque em branco” para o prefeito Rogério Cruz (Republicanos). “Acaba sendo um R$ 1 bilhão sem direcionamento exato e ainda uma possível liberação futura”, alerta.

No início da semana, o Jornal Opção tentou entrar em contato com a Secretaria de Finanças (Sefin) a respeito da possibilidade de novos empréstimos, mas não houve resposta. O canal segue aberto.

Novo texto?

Durante a sessão desta quarta-feira, 22, alguns vereadores comentaram que a Prefeitura pode pedir de volta o projeto do empréstimo. A expectativa é de que seja enviado um novo texto com mais detalhes a respeito. Outra possibilidade pode ser o envio de um aditivo para acrescentar ao texto.

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