Um foragido da Operação Negociata foi preso no último final de semana pela Polícia Militar, em Caldas Novas. Ele fazia parte do grupo que praticava crimes de licitações no município no qual estaria o ex-prefeito Evandro Magal.

Segundo os policiais militares, o suspeito foi abordado em uma patrulha e teve os dados consultados no banco de dados nacional. Assim que ficou constatado o mandato de prisão aberto, ele foi preso e já está à disposição do Poder Judiciário.

A suspeita é que ele faça parte do esquema de fraudes em licitações, corrupção, lavagem de dinheiro e pagamento de propina envolvendo o Executivo de Caldas Novas. A operação foi deflagrada em 2018 pelo Ministério Público de Goiás (MPGO).

Operação Negociatas

A Operação Negociatas, deflagrada pela Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), em junho de 2020 e apreendeu meio milhão de reais em posse do dono de uma empresa de Inteligência Digital. O dinheiro estava guardado dentro de uma mala de viagem.

A empresa é investigada pela Polícia Civil e pela Controladoria-Geral do Estado (CGE) por supostas fraudes em contratos com órgãos estatais. Um dos possíveis crimes cometidos pela empresa seria fraude em licitação no âmbito da antiga Agetop ainda em 2018.

De acordo com o delegado responsável pela operação, na época, Fábio Meireles, esta foi apenas a primeira etapa da investigação. “Em razão do sigilo do inquérito policial e por haver outras diligências a serem realizadas, a conduta de cada investigado no esquema ainda não pode ser divulgada”.

Além disso, o grupo é suspeito de cobrar propina de empresários para favorecimento em contratos públicos. As próximas etapas da Operação são colher o depoimento dos preso, analisar os materiais apreendidos além de outras diligências que serão deflagradas.

Na CGE, uma comissão apura fraudes em contratos de uma empresa de Inteligência Digital com a antiga Segplan, também no ano de 2018. O trabalho de apuração deve ser concluído no dia 30 deste mês.

Na época a operação também cumpriu seis mandados de prisão temporária e 23 mandados de busca e apreensão nas cidades de Goiânia e Campinaçu, no estado de Goiás, e Cuiabá, estado de Mato Grosso.
A investigação, iniciada em julho de 2019, apura a prática dos crimes de associação criminosa, corrupção, tráfico de influência, fraude à licitação e lavagem de dinheiro.

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