Carla Zambelli tem armas apreendidas pela PF a mando de Gilmar Mendes

03 janeiro 2023 às 15h30

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A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi alvo de um mandado de busca e apreensão nesta terça-feira, 3, cumprido pela Polícia Federal (PF) a mando do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes.
A PF esteve em dois endereços ligados à deputada, sediados em São Paulo e Brasília. O magistrado determinou que a polícia recolhesse armas não entregues pela parlamentar. Zambelli divulgou um vídeo nas redes sociais após a operação, afirmando ter entregue três pistolas à corporação. O caso está em segredo de Justiça.
“Chama a atenção que mesmo a deputada Zambelli tendo cumprido integralmente a decisão anterior, de forma voluntária, o STF tenha determinado uma medida ainda mais invasiva em seus endereços”, informou nota enviada à imprensa pela assessoria da parlamentar, que também assegurou que as armas são importantes para a segurança de Zambelli.
Suspensão de armas
Em dezembro, Gilmar Mendes determinou a suspensão da autorização de porte de arma de fogo pela parlamentar e deu um prazo de 48h para que Zambelli entregasse suas armas.
A decisão atendeu pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) em ação na qual Zambelli é investigada por perseguir um homem negro em São Paulo no mês de outubro. Na ocasião, um dia antes do segundo turno das eleições de 2022, ela sacou uma pistola no meio da rua e correu atrás do homem.
Zambelli entregou a arma uma semana depois, justificando o atraso por estar fora do país na ocasião em que foi intimada. Ela também recorreu da decisão e argumentou que o porte de arma é essencial para sua própria proteção.
“Caso qualquer atentado à vida da deputada, agora desprotegida, aconteça, já sabemos o responsável”, divulgou a assessoria da parlamentar.
Lamentou prisão
No vídeo, a deputada também lamentou a prisão da publicitária Klio Hirano, afirmando que ela foi presa ‘injustamente’. A bolsonarista que estava acampada em frente ao QG do Exército, em Brasília, foi detida por tentativa de invasão à sede da PF e por ter participado dos ataques que ocorreram na capital federal em 12 de dezembro.