Filhas de Palmirinha travam batalha na Justiça e trocam acusações por herança milionária
 Nielton Soares dos Santos
                    Nielton Soares dos Santos
                
                12 janeiro 2024 às 17h58

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As três filhas da apresentadora Palmirinha, que morreu aos 91 anos em maio do ano passado, encontram-se atualmente envolvidas em uma batalha legal pela herança da cozinheira. Na briga, a caçula da família, Sandra Bucci, assumiu o papel de inventariante, mas agora enfrenta acusações de suas irmãs mais velhas, Tania Rosa e Nanci Balan. Ambas alegam que Sandra oculta informações sobre o patrimônio das empresas, lucros e não feito pagamento das parcelas de um empréstimo realizado pela mãe ainda em vida.
O processo de partilha teve início em maio, 18 dias após o falecimento da apresentadora, com disputa principal das ações da empresa Artes Culinária Palmirinha Ltda, que era responsável pela administração da carreira de Palmirinha, assim como seus direitos de imagem e vendas de produtos licenciados. Dois meses depois, Tania e Nanci se uniram para expressar preocupações sobre a ausência de transparência por parte da inventariante, Sandra, e a falta de acesso aos balanços patrimoniais.
Ao apresentar documentos no processo, a juíza Claudia Caputo Bevilacqua Vieira determinou que as questões empresariais não eram de competência da 11ª Vara de família e sucessões, onde o inventário estava em tramitação. A magistrada sugeriu que as disputas relacionadas ao patrimônio e lucros da empresa de Palmirinha deveriam ser resolvidas em uma ação específica no juízo competente.
No que diz respeito ao empréstimo, a juíza solicitou uma nova apresentação de documentos. Na determinação, ela indicou que o montante envolvido em transações durante a vida da apresentadora deveria ser considerado como adiantamento de herança e passível de distribuição entre as herdeiras posteriormente.
Herança e dívidas
Em outras partes do processo, Tania e Nanci alegam que Sandra tomou um empréstimo de R$ 1,5 milhão para a compra de um apartamento, enquanto Sandra defende que o valor foi de R$ 300 mil. A irmã mais velha também afirma que pagou R$ 165 mil para cada irmã. Ela justifica que foram considerados juros e correção monetária, mas essas informações teriam sido supostamente omitidas por suas irmãs.
A caçula destaca seu papel no cuidado com Palmirinha em vida e afirma que as irmãs nunca demonstraram interesse nos aspectos empresariais da cozinheira. No entanto, Sandra acusa as irmãs de terem obtido empréstimos de Palmirinha sem nunca efetuarem o pagamento. Assim também, cita que, após a morte da apresentadora, as três já dividiram cerca de R$ 5 milhões provenientes de aplicações financeiras.
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