Perfil da Empreendedora Goiana: 42% dos CNPJs são mulheres em Goiás

08 março 2023 às 17h46

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O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e a Universidade Federal de Goiás (UFG) realizaram em parceria um estudo sobre o perfil empreendedor de mulheres em Goiás. A publicação chamada de “Perfil da Empreendedora Goiana: Empreendedorismo por Mulheres em Goiás” foi apresentada nesta terça-feira, 7.
O levantamento analisou o cenário dos negócios geridos por mulheres no estado e traçou o perfil delas, como a evolução do empreendedorismo. Além disso, traz informações complementares para refletir sobre o papel do empreendedorismo na vida das mulheres e principais desafios.
Para o diretor técnico do Sebrae Goiás, Marcelo Lessa, os dados serão importantes para a definição de políticas públicas voltadas para esse público. “Com essas ricas informações é possível refletir e colocar na mesa diversos projetos, desenvolver novas ideias para valorizar o papel, principalmente no que tange ao empreendedorismo feminino”, disse.

Ele chamou a atenção para uma reflexão que toda a sociedade precisa fazer. Isso porque, entre outros dados, o levantamento mostra que a representatividade da mulher passou de 20%, em 1980, para 42% em 2022. No entanto, na questão financeira, mesmo no empreendedorismo, o homem continua recebendo cerca de 30% a mais do que a mulher. “Temos muito o que fazer para que haja esse equilíbrio”, ressaltou.
A reitora da UFG, professora Angelita Pereira de Lima, destacou que o estudo funcionará como um observatório para averiguar avanços, recuos e limites importantes para se intervir. Segundo ela, é fundamental o tema da mulher no empreendedorismo, na inovação, na tecnologia. “Isso nos impõem muitos desafios, como prospectar efetivas melhorias para essas mulheres empreendedoras”, pontuou.
O lançamento do estudo foi prestigiado pelo conselheiro do Sebrae e Secretário de Estado de Desenvolvimento Social, Weliton Matos, defensora pública de Aparecida de Goiâni, Mirela Cavichioli, a prefeita de Bela Vista de Goiás, Nárcia Kelly Alves, e representantes da secretaria de Estado da Educação, Fátima Gavioli, do Conselho Regional de Economia (Corecon) e da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego).
Sobre o estudo

Embora mostre que as mulheres empreendedoras possuem renda menor do que os homens, o estudo apresentou particularidades positivas no Estado. Para se ter ideia, nos últimos três anos houve aumento do ganho das empreendedoras empregadoras. A média passou de R$ 4.576 (2019) para R$ 5.202 (2021).
A média da renda das trabalhadoras por conta própria sofreu uma oscilação, mas que tem retomado os patamares da pré-pandemia. Em 2019 o valor era de R$ 1.737, no ano seguinte, reduziu para R$ 1.511 e retornou ao crescimento em 2021 (R$ 1.780).
Em números, 51% da população goiana são mulheres e 35% das pessoas que empreendem também são mulheres. Isso representa 3,7 milhões, sendo que 39% trabalham por conta própria ou são empregadoras.
