Empresários do ramo imobiliário, advogados e até um cartorário e um corretor de imóveis são alvos de uma operação do Ministério Público (MP) nesta segunda-feira, 10, em Formosa. Eles são suspeitos de cometer ao menos cinco crimes, como: esbulho (grilagem) de áreas públicas e privadas, corrupção, falsidade ideológica, uso de documento falso e associação criminosa. 

Ex-vereadores da comissão fundiária da Câmara de Vereadores de Formosa também são investigados. A operação conta com o auxílio da Polícia Civil (PC) e membros da Ordem de Advogados do Brasil (OAB). Ao todo, a operação batizada de “Escritório do Crime”, cumpre 11 mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva. Os mandados são cumpridos em:

  • Escritório e residência dos empresários do ramo imobiliário D’artagnan Costamilan e Angelita Rosse Giuliani;
  • Escritório e residência das empresas imobiliárias Transoja Transportadora e Prestadora de Serviço Ltda, Loteadora e Urbanizadora Imperatriz e Loteadora Nossa Casa Ltda;
  • Escritório e residência do advogado Nilson Ribeiro Dos Santos;
  • Escritório e residência do advogado Alessandro de Souza Oliveira;
  • Escritório e a casa do suposto corretor de imóveis Anderson Juvenal de Almeida;
  • Escritório e residência do ex-registrador de imóveis de Niquelândia Carlos Emerson Nunes de Freitas;
  • Escritório e gabinete da Procuradoria Jurídica de Formosa. 

O mandado de prisão preventiva foi expedido em desfavor do empresário D’artagnan Costamilan. 

Investigação

A investigação conduzida pelo MP durou seis meses, sendo supervisionada pelo Poder Judiciário e revelou a existência de uma quadrilha voltada para a prática de invasão de lotes públicos e privados no município de Formosa, produção e uso de documentos ideologicamente falsos e corrupção de agentes públicos, que contava com o envolvimento direto de empresários, cartorário, corretor e advogados. 

O MPGO procederá agora à análise do material apreendido, bem como oferecerá denúncia criminal em face destes envolvidos e dos demais agentes e ex-agentes públicos e políticos implicados no esquema, dentre estes ex-vereadores da comissão fundiária da Câmara de Vereadores de Formosa. 

Caso sejam condenados ao final do processo penal, os investigados poderão pegar uma pena de mais de 20 anos de prisão. O Jornal Opção tentou contato com as defesas dos suspeitos, mas não conseguiu localizá-las até a publicação desta reportagem.