COMPARTILHAR

Conhecido como “Maníaco do Parque das Nações Indígenas”, José Carlos de Santana voltou a cometer estupros dois anos depois de conseguir liberdade em progressão de pena, segundo a polícia. Ele foi preso nesta segunda-feira, 2, no município de Terenos, em Mato Grosso do Sul, durante a operação Incubus, deflagrada pela Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (Deam) de Campo Grande.

José foi ouvido na tarde dessa terça-feira, 3, e “se reconheceu como sendo ele em todos os vídeos”, informou a delegada da Mulher, Analu Ferraz. Apesar do reconhecimento, o acusado permaneceu em silêncio durante o depoimento. Até o momento, cinco vítimas foram identificadas e reconheceram Santana como o autor dos crimes. Segundo a investigação, com a divulgação das imagens novas vítimas devem aparecer.

A polícia identificou o acusado no dia 22 de setembro após ele cometer um estupro em uma avenida movimentada de Campo Grande. Posteriormente, nessa mesma região, ele fez mais duas vítimas: um estupro que chegou a ser consumado e uma tentativa impedida pela fuga da vítima.

Segundo a polícia, Santana não fazia questão se esconder o rosto na hora dos ataques. Ele usava a mesma blusa com a logomarca de um lava-jato. Os estupros até agora com identificação das vítimas ocorreram em julho, agosto e setembro.

Todas as cinco vítimas que procuraram a Deam reconheceram o suspeito. José Carlos de Santana Junior ainda não tem defesa constituída, por isso a reportagem não conseguiu localizá-la. Os casos das vítimas menores de idade serão encaminhados para investigação na Delegacia Especializada no Atendimento à Crianças e Adolescentes (DEPCA).

1ª condenação

José Carlos foi preso em 2007 e condenado a 34 anos de prisão, em regime fechado, cumprindo no Instituto Penal de Campo Grande (IPCG), pelo estupro de pelo menos 10 mulheres no Parque das Nações Indígenas.

Durante o cumprimento da pena, o homem concluiu o ensino médio, tornou-se bacharel em processos gerenciais por uma universidade particular e concluiu a pós-graduação em coaching e liderança.

Com a progressão do regime, há dois anos João Carlos foi liberado e, recentemente, voltou a atacar mulheres. A delegada da Deam, Elaine Benicasa, informou que o homem é casado, mora em Campo Grande e foi preso em Terenos.