A Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Rurais (DERCR) prendeu cinco homens, na quinta-feira, 13, acusados de roubar R$ 400 mil em defensivos agrícolas e de manter uma família amarrada, como refém, por 12 horas, em uma fazenda localizada em Orizona. Segundo a polícia, eles são suspeitos de integrar um grupo que seria especializado em invadir propriedades rurais.

Para efetuar as prisões, a Polícia Civil de Goiás (PCGO) deflagrou a Operação Sanctus Ager (Campo Sagrado). Ao todo, foram cumpridos cinco mandados de prisão e sete mandados de busca e apreensão em diversos estados do país, incluindo Goiás, Minas Gerais, Rondônia e Roraima.

O crime no interior de Goiás, de acordo com a polícia, ocorreu em 17 de agosto de 2022, entre as 19h e 22h. Os criminosos invadiram a propriedade fortemente armados , ameaçaram a família e roubaram defensivos agrícolas armazenados no galpão da propriedade rural.

O prejuízo foi estimado em cerca de R$ 400 mil. Além disso, o caseiro, sua esposa e a filha de oito anos foram feitos reféns, após serem amarrados por mãos e pés. As vítimas foram libertadas apenas na manhã seguinte, após 12 horas, quando os funcionários ouviram gritos de socorro.

Apreensões e empresas de fachadas

Titular da DERCR, o delegado Arthur Fleury, esclareceu que a investigação iniciou depois desse crime no interior de Goiás. “A partir daí fizemos essa investigação e conseguimos chegar ao motorista do caminhão que levou os agrotóxicos para outra fazenda. Ele foi preso e demos continuidade à investigação, chegando aos demais integrantes dessa associação criminosa,” disse.

Durante as ações de busca e prisões, foram apreendidos veículos, computadores, embalagens usadas para a falsificação dos defensivos agrícolas, além dos próprios produtos falsificados. Em uma das residências, foi encontrada uma quantia de R$ 12 mil em espécie.

A polícia descobriu que o grupo estava envolvido em falsificação e revenda dos produtos. Empresas de fachada que revendiam os produtos foram identificadas em Rondônia e Roraima. A suspeita do delegado é que havia lavagem de dinheiro. Apesar dessas prisões, as autoridades pretendem dar continuidade à operação, quando será apurado o fluxo de caixa dessas empresas e de outros envolvidos na associação criminosa.

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