Depois de comandar o Brasil por oito anos, de 1995 a 2003, o PSDB está em pleno processo de esvaziamento. O encarregado de conter o processo de encolhimento da legenda em nível nacional é governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite. Depois que UB e PP se uniram e conseguiram mais de 100 deputados, ensaia-se parceria nacional entre MDB e a federação PSDB-Cidadania para 2024. Em entrevista ao Jornal O Globo, o tucano voltou a falar sobre essa possibilidade.

“O MDB tem três ministérios, e o PSDB não é da base. O PSDB é um partido de centro, o que não significa ausência de posição. Temos visões associadas à direita, e outras, à esquerda. O MDB está também mais ao centro, e tenho certeza que há divergências em relação a ações do governo, mas olharam mais para aquilo que une do que para o que separa. A federação com o MDB é uma conversa muito inicial, mas pode haver um entendimento se podemos avançar. Também temos uma discussão com o Podemos”, disse o governador do Rio Grande do Sul.

Até aí tudo bem, mas é preciso olhar bem para as políticas locais. Em Goiás, por exemplo, MDB e PSDB são rivais antigos e possíveis adversários em 2026. A aproximação entre Daniel Vilela (MDB) e Marconi Perillo (PSDB) é improvável. Só que em política: “as raivas não duram para sempre”.

Recentemente, Eduardo Leite se reuniu com o presidente nacional do MDB, Baleia Rossi, além de várias lideranças dos partidos, e apesar do convite, Marconi não apareceu. A título de especulação, eis um cenário: o MDB segue no comando, enquanto o PSDB ficaria no segundo plano.