Flávio Dino no STF? Nome de ministro da Justiça começa a ser ventilado
Rafael Rodrigues
14 julho 2023 às 09h48
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O nome do ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB-MA), tem sido mencionado em Brasília nos últimos dias como um possível candidato a ser indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o Supremo Tribunal Federal (STF). Esse movimento conta com o apoio de uma ala do PT, que vê como positiva a possível nomeação de Dino para a Corte, não apenas por suas qualidades jurídicas, mas também pelo aspecto político e o jogo da sucessão presidencial.
Caso Dino seja indicado por Lula para a vaga que será aberta em outubro com a aposentadoria da ministra Rosa Weber, ele, sendo um político habilidoso e um dos ministros mais visados do governo, deixaria a política, encerrando assim qualquer possibilidade de ser um “sucessor” do atual presidente da República. Isso ocorre porque o cargo de ministro do STF é vitalício, até a aposentadoria compulsória aos 75 anos de idade.
Na avaliação de interlocutores do governo, a indicação de Dino para o STF também seria benéfica, pois permitiria que o PT assumisse o comando do Ministério da Justiça, uma das pastas mais poderosas e com maior orçamento do governo, que também é responsável pela Polícia Federal. No entanto, o PSB precisaria receber uma contrapartida relevante para abrir mão desse campo de atuação.
Dino não cogita possibilidade
Pessoas próximas a Dino afirmam que o ministro nem sequer cogita essa possibilidade. Além disso, destacam que ele já foi juiz federal e abandonou a magistratura para ingressar na política, o que vai contra o movimento que seria necessário caso ele fosse para o Supremo. Para essas pessoas, uma eventual campanha de Dino seria quase um paradoxo.
No entanto, no Supremo, o nome do ministro é considerado um candidato natural. Um magistrado com boa habilidade política afirmou que Dino não enfrentaria resistência por parte dos demais integrantes do tribunal. No entanto, ele lembrou que atualmente existem outros candidatos igualmente fortes circulando. É o caso do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e do presidente do Tribunal de Contas da União, Bruno Dantas, por exemplo.
A reportagem do Jornal Opção procurou o ex-deputado federal e atual secretário de assuntos legislativos do Ministério da Justiça e homem próximo de Flávio Dino, mas não teve sucesso. Espaço está aberto para posicionamento.
