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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode anunciar Ricardo Lewandowski como novo ministro da Justiça nesta terça-feira, 9. O petista já tomou a decisão de escolhê-lo para suceder Flávio Dino e o jurista informou que aceitará o convite.

Os eventos em memória aos ataques terroristas promovidos por bolsonaristas no dia 8 de janeiro de 2023, nesta segunda-feira, 8, em Brasília, foram também um espaço para articulações a respeito da sucessão no Ministério da Justiça e Segurança Pública.

De acordo com o Blog da Ana Flor, do G1, Lula não só já definiu que quer o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) na Justiça, como também já teria conversado sobre o assunto com o amigo, que se aposentou da corte em abril, após 17 anos no STF.

Lewandowski falando em microfone com expressão séria
Ricardo Lewandowski. Foto: reprodução

Segundo fontes, Lula esperou o 8 de janeiro para fazer a escolha para não tirar o brilho de Dino justamente nos atos que marcam um ano dos ataques às sedes dos três poderes. Dino assumirá uma vaga no STF no próximo mês e deve deixar Justiça ainda nesta semana.

O Ministério da Justiça, por ser uma posição estratégica no Executivo, desempenha um papel importante na articulação entre os poderes.

Vale destacar que Lewandowski possui experiência em projetos relacionados ao sistema prisional, audiência de custódia, saúde carcerária e sistema de execução unificada, desenvolvidos durante sua presidência no Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Lewandowski quer escolher secretário-executivo

De acordo com a coluna de Guilherme Amado no site Metrópoles, Ricardo Lewandowski sinalizou ao Palácio do Planalto que deseja escolher seu número dois no Ministério da Justiça. Embora tenha o desempenho de Ricardo Cappelli em alta conta, ele não abre mão de escolher um nome dele para a Secretaria-Executiva do Ministério da Justiça.

Emissários de Lewandowski já mandaram recados a Cappelli, dizendo que ele estaria pronto para “voos mais altos” do que a Secretaria-Executiva.

Segundo interlocutores do ex-ministro do STF, o mesmo, entretanto, não valeria para outros secretários do ministério, cuja permanência Lewandowski estaria aberto a avaliar.