PSD pode indicar vice de Adriana Accorsi em Goiânia? Deputada responde

12 janeiro 2024 às 12h33

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Único nome já definido para disputar a eleição para a prefeitura de Goiânia, a deputada federal Adriana Accorsi (PT) informou ao Jornal Opção que tem dialogado com o senador Vanderlan Cardoso (PSD). “O deputado Rubens conversou recentemente com o senador Vanderlan, então pode ser que no futuro tenha alguma composição sim”, explicou sobre a possível chapa.
Segundo ela, as conversas ainda estão no início e não há uma chapa definida. “Eu tenho um bom diálogo com o senador Vanderlan a respeito de Goiás, sobre trazer os benefícios e recursos para o Estado, construir políticas públicas e também sobre as votações no Congresso”. No Congresso, os dois são colegas, sendo Adriana uma representante na Câmara e Vanderlan no Senado.
Como adiantado no Jornal Opção, um dos nomes cotados como vice nessa possível chapa seria o do ex-deputado estadual Simeyzon Silveira. Procurado, ele não quis comentar o assunto.
Ela destacou que tem formado uma frente ampla e dialogado com todos os partidos, independente de ideologia ou diferenças políticas. “Estamos conversando com a Rede, com o PSOL, com os partidos da federação, e obviamente, com o PSD. Ou seja, com vários mesmo, praticamente todos”, explicou. Além disso, Adriana informou que Gilvane Felipe, ex-presidente do Cidadania em Goiânia, declarou recentemente apoio à sua candidatura.
Em fevereiro, ela vai lançar uma plataforma digital com as principais propostas, onde a população poderá incluir temas para debate e propor soluções para os problemas da capital. O ex-reitor da Universidade Federal de Goiás (UFG) e suplente de deputado federal, Edward Madureira, vai coordenar o plano de governo de Accorsi, enquanto o deputado estadual Mauro Rubem foi convidado a estar na coordenação da campanha.
“A cidade precisa de um cuidado muito grande, porque enfrenta sérios problemas de abandono. Me sinto pronta para enfrentar esse desafio e cuidar da nossa cidade como ela merece”, afirmou Adriana. Segundo ela, são muitas demandas iniciais para serem resolvidas.
“Conversando com a população, as principais angústias são a saúde, a questão da mobilidade, o transporte público, trânsito e o cuidado com a cidade de uma forma geral. O cuidado com a limpeza urbana, com a iluminação, com os matagais, o cuidado cotidiano mesmo que é o que a cidade precisa, porque limpeza urbana é saúde também, é higiene. O abandono que a gente vê no centro hoje, a falta de uma política com as pessoas em situação de rua, tudo isso vai ser debatido”, finalizou.
Na última pesquisa Serpes, Adriana e Vanderlan lideravam as intenções de voto entre os eleitores na capital. Divulgada em outubro, o questionário revelou que Vanderlan lidera com 22,8% da preferência dos eleitores, seguido por Adriana, com 18,3%, e por Gutavo Gayer (PL), com 14,8%. Logo depois, estão Bruno Peixoto (UB) com 11,4%, e Rogério Cruz (Republicanos) com 6,6%.
Frente ampla
O partido de Vanderlan (PSD), em nível nacional, aderiu à base do presidente Lula. A aproximação estratégica do presidente com partidos de centro, como o PP (Partido Progressistas) e o Republicanos, vem se consolidando desde o final do ano passado, evidenciada por alterações significativas no primeiro escalão do governo. A substituição de Ana Moser por André Fufuca (PP) no Ministério do Esporte e a transição de Silvio Costa Filho (Republicanos) para o Ministério de Portos e Aeroportos, em substituição a Márcio França (PSB), que, por sua vez, permaneceu na Esplanada dos Ministérios ao assumir o novo Ministério das Micro e Pequenas Empresas, representam movimentos estratégicos.
Essas mudanças reafirmam a intenção do governo em ampliar sua base de apoio no Congresso Nacional, adotando uma abordagem de coalizão mais ampla e consolidando alianças com partidos de diferentes espectros ideológicos.
O PSD (Partido Social Democrático), liderado por Gilberto Kassab, também está inserido nesse cenário. A presença da sigla em pelo menos três pastas — Agricultura e Pecuária, com Carlos Fávaro; Minas e Energia, com Alexandre Silveira; e Ministério da Pesca, com André de Paula — reflete a expansão da base governamental e a formação de uma coalizão diversificada.