A taxa de casos positivos de Covid-19 em Goiânia sofreu um aumento de 156% em janeiro de 2024 se comparado a dezembro do ano passado. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a capital identificou a presença do vírus em 6 mil pacientes no mês retrasado. O número, no entanto, saltou para 15,4 mil até esta segunda-feira, 29.

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A infectologista Juliana Barreto explicou que a alta está relacionada ao aumento da demanda por testes para detectar a doença. Conforme a SMS, o número de exames realizados em janeiro subiu 98,6%, passando de 40,6 mil testes (em dezembro) para 80.566. 

“As pessoas ficaram mais gripadas e buscaram mais testes. Outro ponto são as festividades de final de ano, junto com as férias. As pessoas se aglomeram mais neste período e, consequentemente, há mais casos de gripe”, explicou.

A especialista diz que mesmo com o aumento de infectados, a vacina evitou que os pacientes desenvolvessem casos graves da doença. Atualmente, de acordo com a SMS, mais de 81% da população acima de 3 anos já recebeu ao menos uma dose do imunizante. 

Juliana afirma que a Covid, por ser uma doença perene, irá ficar o tempo todo presente, fazendo com que a população possa adoecer em qualquer época do ano. Entretanto, ela não irá mais atingir os níveis catastróficos que chegou em nos primeiros três anos de pandemia. 

“Para evitar a transmissão, a primeira coisa é lavar as mãos. A gente leva as mãos em todo lugar e depois leva na boca e no nariz. Essa é uma forma muito fácil de contaminação. É preciso evitar compartilhar o mesmo lugar que pessoas que estão gripadas, tossindo, além de preferir lugares abertos para evitar aglomerações”, concluiu. 

Explosão de casos de dengue 

O aumento do contágio pela doença pulmonar ocorre em meio à explosão de casos de dengue, em Goiás. O estado já registrou, conforme a Secretaria Estadual de Saúde (SES), quase 7 mil casos de dengue em 2024. O número representa um aumento de 10% se comparado ao mesmo período de 2023. 

Goiás, inclusive, é o quinto estado no país em incidência da doença, ficando atrás apenas do Distrito Federal, Acre, Paraná e Minas Gerais. Em 2023, a “terra do agro” foi a oitava em incidência.

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