Lifting de vampiro: método é ligado a casos de HIV nos EUA

12 julho 2023 às 07h51

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Uma clínica nos Estados Unidos está enfrentando acusações de ter infectado pacientes com o vírus HIV durante a realização de um procedimento estético conhecido como “lifting de vampiro”. Segundo os denunciantes, essa intervenção para rejuvenescimento da pele teria causado pelo menos três casos de infecção desde 2018.
No caso mais recente, uma paciente decidiu entrar com uma ação judicial após descobrir estar infectada pelo vírus. Ela realizou o procedimento em 2018, que consiste na injeção de sangue do próprio paciente no rosto, na mesma clínica no Novo México que já havia sido associada a dois casos de infecção pelo vírus da AIDS em 2019.
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Em resposta à nova denúncia, o departamento de saúde do Novo México disponibilizou testes de saúde para os ex-pacientes da clínica VIP Beauty Salon and Spa. O objetivo é verificar se eles estão infectados pelo HIV ou por outras infecções, como hepatites B e C.
A clínica encontra-se fechada desde 2018, após a agência local de vigilância sanitária constatar problemas na esterilização dos produtos utilizados. Naquela ocasião, já havia sido alertado sobre os riscos que isso representava para os pacientes, e a proprietária da clínica foi presa.
Procedimento é proibido no Brasil
O lifting de vampiro ficou famoso no Brasil após ter sido realizado pela cantora Anitta. A cantora mostrou em seus stories do Instagram que vai mensalmente a uma clínica em Miami, nos EUA, para realizar a técnica.
Durante o procedimento estético, o sangue é retirado do paciente e tratado para que seja separado o plasma rico em plaquetas. Em seguida, essa parte do sangue é injetada na camada superficial da pele através de microagulhamento.