As três maternidades de Goiânia, Nascer Cidadão, Dona Iris e Célia Câmara, estariam passando por dificuldades financeiras. A denúncia foi feita pela vereadora Kátia Maria (PT), no Plenário da Câmara de Goiânia. De acordo com ela, há atrasos de parte da folha salarial dos profissionais da saúde e de fornecedores dos meses de maio e junho. Alguns desses fornecedores, segundo ela, alertaram que deixarão de fornecer alimentação e materiais básicos, incluindo insumos para cirurgias.

“Lá na Nascer Cidadão, eles estão com estoque para fazer esterilização para atender por apenas três dias, significa que a semana que vem também fechará o atendimento e é muito grave, nós precisamos ter um posicionamento”, cobra a parlamentar. “Célia Câmara não tem soda. Se uma mulher precisar fazer uma cesariana, eles não têm condições de atender”, pontua.

Com isso, as unidades hospitalares estariam funcionando de maneira parcial, sendo que o serviço do atendimento eletivo, que são cirurgias e exames, foram suspensos, alega Kátia. A vereadora disse que se reuniu com as direções das maternidades e lhe foi relatado que a situação é grave. “Está insustentável”, resumiu.

Ela conta que fez um requerimento ao prefeito Rogério Cruz (Republicanos), para que ele convoque em caráter de urgência e emergência, em 24 horas, uma reunião entre as secretarias de Saúde (SMS) e de Finanças (Sefin), além da  Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc), para tentar resolver os “gargalos” relatatos pelas direções das unidades.

Aplicações de verbas

Kátia lembra que foi apresentado relatório da prefeitura de que foram aplicados 23% dos recursos públicos municipais na Saúde. “Mas, infelizmente o que a gente percebe é que na ponta não teve diferença no atendimento”, acentua. A vereadora cita que há pagamentos em abertos referentes aos meses de maio, junho e “um passivo” de negociação de mandatos anteriores. “Então, teria que ter sido pago no mês passado R$ 6 milhões, do que estava atrasado, não foi pago”, destaca.

No entanto, a parlamentar denuncia que os repasses mensais de R$ 20 milhões, que mantém o funcionamento das maternidades, apenas foram aplicados menos da metade do valor. “Mal deu para pagar a folha de pagamento e os fornecedores”, lamenta. “É grave a situação e nós precisamos de uma resposta urgente da prefeitura”, acrescentou.

O Jornal Opção entrou em contato com a assessoria de imprensa da Prefeitura de Goiânia, mas não obteve resposta sobre o assunto até o fechamento da matéria. O espaço segue em aberto.

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