Estado tem “ligação umbilical” com Siqueira Campos
04 julho 2023 às 20h52

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Siqueira Campos iniciou a carreira política em 1965, como vereador de Colinas de Goiás – hoje Colinas do Tocantins. Filiado à Arena, acabou se tornando presidente da Câmara. Em 1970, se elegeu deputado federal por Goiás, já com o discurso em defesa da criação do Estado do Tocantins. Permaneceu na Câmara dos Deputados por quatro mandatos. Em 1986, foi eleito deputado constituinte, tendo a oportunidade de apresentar o projeto de lei pela criação do Estado do Tocantins, que foi o único do tipo contemplado pela Constituição de 1988.
Em 1988, na primeira eleição do novo Estado, Siqueira foi eleito o primeiro governador para um mandato-tampão de dois anos. Nesse curto período, implantou o Estado e iniciou a construção de Palmas, a capital definitiva, a obra que mais o identifica como gestor. Em 1994, voltou ao comando do Palácio Araguaia para exercer o segundo mandato. Foi reeleito em 1998 e fez um governo considerado avançado e realizador. Para tanto, contou com o apoio de primeira hora de um até então forte adversário: o ex-deputado Brito Miranda que foi seu conselheiro e articulador político.
Siqueira Campos ainda voltou ao comando do Estado em 2010, para o seu quarto mandato de governador. Não conseguiu repetir a boa gestão de dois últimos mandatos, mas fechou uma trajetória política como o maior líder do Tocantins, responsável por colocar na vida política uma geração de políticos jovens, a exemplo da ex-senadora Kátia Abreu (pP), do senador Eduardo Gomes (PL) – de quem era suplente – e do governador Wanderlei Barbosa (Republicanos), uma das novas relações do siqueirismo.