Agente da PRF já foi candidato por três vezes e na última, para a Câmara de Goiânia, não foi eleito por falta de quociente eleitoral, por isso tem avaliado bem a situação partidária e aposta na Federação de partidos de esquerda

Depois de não ser eleito vereador por Goiânia mesmo tendo ficado na 14ª colocação (são 35 cadeiras disponíveis), com 4.299 votos, o policial rodoviário federal Fabrício Rosa (PSOL) deve concorrer a uma cadeira na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego). Com pautas como educação, segurança pública, ativismo social, direitos humanos, cultura e representatividade LGBTQIA+, ele tem levado o assunto, por meio de um projeto chamado “Esperança Sobre Rodas”, aos municípios com o ativista Bruno Revolta.  

Esta será a quarta vez que o policial deve concorrer a um cargo eletivo. Em 2018 ele disputou uma cadeira no Senado Federal, ficando em 9º lugar, com 45.833 votos, e nas eleições de 2016, o político concorreu também a uma cadeira na Câmara Municipal, quando obteve, 1.380 votos. Nas últimas eleições (2020), Fabrício, inclusive, foi perseguido pelo também candidato a vereador Edson Automóveis (Republicanos), que bateu no veículo dele após o socialista gravar um vídeo/denúncia de propaganda irregular do republicano, que revidou e começou a perseguição ao veículo do socialista.

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Dentro do PSOL, o político acredita que o partido deve fazer uma federação com o PT, PSB ou com alguma outra sigla do campo progressista. Ele, inclusive, trata a situação partidária como um divisor de águas para a candidatura, por defender uma união a favor de uma candidatura do campo progressista, que seria do ex-presidente Lula (PT), para enfrentar o presidente Jair Bolsonaro (PL).  

“Teremos até o dia 1º de março para definir essa questão [de adesão a uma federação] de apoio do PSOL a candidatura de Lula, porque precisamos enfrentar o bolsonarismo, é preciso que isso seja feito nestas eleições e eu quero fazer isso internamente por mim, porque eu quero participar desta frente que se opõe ao presidente da República”, comentou o político que acredita ser um momento histórico que todos “precisam se mobilizar”.  

Projeto “Esperança Sobre Rodas”

O político tem percorrido o Estado com o motorhome “Esperança Sobre Rodas” que tem o objetivo de levar cultura, arte e conhecimento em direitos humanos pelas cidades do interior ao lado de Bruno Revolta, onde organizam saraus de poesia, música, exibições de filmes, troca e doações de livros e rodas de conversa, tudo isso gratuitamente, sempre em espaços públicos das cidades visitadas.  

Nesta ronda, o socialista já esteve em Olhos D’água, São Luiz do Norte, Goianésia, Rialma, Ceres, Cidade de Goiás e a própria capital do Estado, de onde partiu do Centro Cultural Martim Cererê, no dia 30 de outubro