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Mesmo tendo rejeitado as emendas parlamentares, o petista assegura que mantém diálogo com coro sindical e quer “corrigir injustiças”

Paulo Garcia veta emendas, mas quer diálogo | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção
Paulo Garcia veta emendas, mas quer diálogo | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção

O prefeito Paulo Garcia (PT) justificou, na manhã desta terça-feira (3/2), o veto às emendas legislativas ao projeto de lei que reajusta em 6% os salários dos servidores públicos municipais, assinado na última semana e publicado no Diário Oficial da segunda-feira (2/2). Em entrevista ao Jornal Opção Online, ele explica que a decisão “se faz necessária em razão da retroatividade”

Inicialmente, estava prevista a reposição para 60% dos funcionários e com retroativo a partir de 1º de janeiro deste ano. No entanto, duas emendas foram aprovadas por unanimidade na Câmara Municipal, em primeira e segunda votação em meados de janeiro deste ano. Assim, o projeto passou a abranger todos os servidores, além de ser retroativo a maio de 2014.

E foi justamente esta retroatividade que o petista rejeitou. “Estamos em contato direto com o coro sindical, dialogando e vamos chegar a um bom termo, que não é o das emendas”, relata ele. Sobre como ficaria a situação, Paulo Garcia garantiu que não deixará servidores desamparados: “Enviarei um projeto suplementar tão logo a Câmara retorne para corrigir as injustiças”.

O veto do prefeito terá, ainda, que ser votado. No entanto, a situação não é favorável ao Paço. Com a oposição no comando da Casa Legislativa, o líder do governo, Carlos Soares (PT), terá que se desdobrar para convencer os colegas vereadores a aceitarem a decisão monocrática de Paulo Garcia.

Caso seja derrubado, o veto será a primeira derrota do prefeito na Câmara em 2015. No ano passado, a oposição conseguiu articular a presidência, elegendo Anselmo Pereira (PSDB) ao cargo mais alto do legislativo. Embora tenha deixado claro que vai procurar o diálogo, o tucano não deve facilitar a vida de Paulo Garcia.