Assentados de Goiás depõem na CPI do MST, em Brasília

09 agosto 2023 às 18h46

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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara dos Deputados que investiga o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) recebeu nesta quarta-feira, 9, o depoimento de Joviniano José Rodrigues e Noemia José dos Santos, ambos assentados da área 3 da fazenda Palmeiras, em Goiás. A solicitação para esta audiência partiu do deputado Gustavo Gayer (PL-GO).
Durante a sessão, os depoentes compartilharam informações relacionadas a direcionamentos dados por líderes do movimento. Isso teria incluído atividades como saques a caminhões de carga, furtos e abates de animais pertencentes a fazendeiros da região, invasões a edifícios públicos e participação em treinamentos que abordam táticas de guerrilha.
Em um trecho, Joviniano afirma que os assentados são como estivessem presos em um cativeiro pelo MST. “O assentado, ou pré-assentado, ou acampado, como seja que estava, tem que rezar na cartilha deles daquele jeito. Não tem outra maneira, ou você reza daquele jeito ou você vai para fora. Essa é a lei lá dentro, se você não fazer parte, vai ser jogado para um lado, mais na frente acaba saindo. Eles já falam que você vai perder sua terra e seu tempo”, acusou o assentado.
Além disso, Joviniano revela que os líderes do MST pediam que assentados cometessem atos de vandalismo. Em outra parte do depoimento, ele ainda afirmou que era obrigado a dar parte do dinheiro para o grupo.
O Jornal Opção entrou em contato com o MST solicitando um posicionamento. Em nota, o movimento afirmou que “deputados bolsonaristas arregimentaram ex-moradores de assentamentos da Reforma Agrária para atacarem a luta pela terra no Brasil.”
Além disso, o MST afirmou que “denuncia tal estratégia e esta CPI, que, desde maio, não conseguiu apresentar provas dos crimes imputados à organização.”
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