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Segundo governista, entre as mudanças está o aumento da porcentagem do quinquênio. Apoiadores do petista ainda não chegaram a um número em comum

Paulo Garcia até tentou converter o desgaste aparecendo em foto recolhendo lixo sem luvas. Sabe-se lá se adiantou | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção
Paulo Garcia estaria aberto ao diálogo, segundo vereador | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção

A base aliada reivindicou ao Paço Municipal a alteração de oito pontos no projeto de reforma administrativa. Entre eles está o do aumento do pagamento dos quinquênios aos servidores públicos municipais, que caiu de 10% para 5% com a nova proposta.

Uma reunião entre apoiadores e representantes da Prefeitura de Goiânia deve ser confirmada na segunda-feira (13/4) para novas discussões.

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A matéria começou a tramitar na Câmara de Vereadores na semana passada. Das 22 secretarias existentes no organograma da Prefeitura de Goiânia, oito serão extintas. Já as pastas extraordinárias passarão de cinco para três. Os cortes atingem 1.341 cargos comissionados de chefes e assessores. A economia prevista é de R$ 2,5 milhões mensais.

“Apresentamos ‘n’ reivindicações ao governo para tentar alterações. Não se resolvendo lá, podemos resolver na Câmara [durante votação]. Àquela redação não convenceu a maioria de nós, não estamos decididos”, contou um vereador da base, que preferiu não adiantar os demais pedidos.

Ele acredita que Paulo Garcia está disposto a ceder, pois vê no diálogo entre a Câmara e o petista um sinal de abertura para as alterações. “Como seremos nós que vamos decidir [pela aprovação ou não], temos o direito de alterar”, diz, em tom de ameaça.

O que pode ser sugerido ao prefeito é a criação de uma tabela de transição para a aplicação do quinquênio, mas sem a extinção do benefício. No entanto, os vereadores ainda não chegaram a um número em comum para propor ao prefeito.

Contagem

Atualmente, o Paço Municipal tem contado com o apoio prévio de 20 vereadores. Esse grupo participou das últimas quatro reuniões sobre a reforma. Incluindo os novatos Rodrigo Melo e Célio Silva (ambos do Pros). A dupla substitui dois integrantes do Bloco Moderado, que votam de maneira independente do Poder Executivo.

Apesar da presença, um aliado de Paulo Garcia aponta que a reforma causa fissuras. “A base não está 100% fechada. Não tem 100% de acordo. Temos o ponto central e pontos específicos para esclarecer [manutenção ou corte de cargos comissionados]”, destaca.

A fonte desacredita que algum desses vereadores irá questionar o prefeito sobre o projeto durante a prestação de contas, prevista para o dia 13. “Não é possível que se tenha dúvida em relação ao tema. Podem não concordar, mas ter dúvidas…”, reclama o governista.