Bia de Lima, sobre Adriana Accorsi: “Capaz de alcançar a vitória”

16 junho 2024 às 20h46

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A deputada estadual Bia de Lima (PT) concedeu uma entrevista exclusiva ao Jornal Opção. Na ocasião, um dos principais temas discutidos foi a eleição municipal de Goiânia. Em 2024 a pré-candidata que representa o PT é Adriana Accorsi, filha do ex-prefeito Darci Accorsi, que também era do partido. Bia de Lima e Adriana já atuaram juntas na criação de campanhas contra violência doméstica, e políticas, principalmente para mulheres, crianças e adolescentes.
Ao falar sobre o panorama para esse pleito de Goiânia, a deputada disse que por serem cinco candidatos de direita contra Adriana, ela pode ter uma vantagem graças à desunião deles. Até porque, segundo ela, Adriana é uma mulher competente, cuidadosa e zelosa, que entende de política, segurança e gestão pública. Entretanto, esse cenário também significa que serão os eleitores de cinco candidatos de direita. Ou seja, com maior chance de se unirem em um segundo turno.
Sobre essa possibilidade, ainda assim, Bia de Lima responde que “depende, porque quando você tem uma candidata que trabalha para ampliar os horizontes, sem ficar restrita à um gueto, grupo ou segmento, é a condição”. Ela ainda afirma que a democracia baseada no diálogo pode “construir um segundo turno capaz de alcançar a vitória”. Sendo assim, Bia de Lima acredita que o perfil de Adriana seria a melhor opção para alcançar o potencial da capital goiana. “É uma característica dela, conversar com todos os segmentos e partidos”.
Nas redes sociais de Adriana Accorsi, alguns internautas questionam em suas publicações o motivo que a mantem no PT. Quanto a isso, a deputada responde que “se a Adriana não fosse do Partido dos Trabalhadores, ela não seria a pessoa maravilhosa que é hoje. Delegada, educada, simpática, que traz um olhar social; e isso tudo por conta do berço. Uma família de professores, com o Darci, que compreendia política de forma única”.
De acordo com Bia de Lima, o mais importante é deixar transparente a importância da política. “Vejo a educação sempre por esse caminho, de ensinar a pensar”, e ela menciona como a desvalorização da educação, da ciência e (até mesmo) da própria política criam uma grande dificuldade, não apenas no quesito político. “As pessoas não querem se aprofundar nos temas, ficam muito mais nas fofocas e nas fake news do momento”, relata.
Partido dos Trabalhadores (PT)
Bia de Lima, portanto, afirma que o Partido dos Trabalhadores ainda não trabalha com a eficácia necessária para combater notícias falsas e desinformação. “Precisavamos de mais informações, orientações e esclareciemntos. Até para que as pessoas deixassem de ficar repetindo coisas absurdas sem conhecer”. Inclusive, ela se posicionou favoravelmente à ideia de que o partido dê informações mais precisas sobre o que defendem.
Ela completa afirmando que ainda é necessário trabalhar para distinguir quais pautas a esquerda realmente defende. “E jogar luz sobre pontos que vem sendo colocados como nossas defesas, sendo que às vezes não é nada daquilo, mas outras pessoas falam que sim”. Além disso, ela defende que a maioria da população não conhece de fato os conceitos políticos de direita e esquerda.
“Ficam dizendo que são bolsonaristas, por exemplo, quando você explicitar o que significa conservadorismo, ser de direita, eu não tenho dúvida de que vão dizer: Não, não é isso que eu quero”. Segundo ela, isso acontece porque as pessoas repetem jargões “como se fossem mantras”, sem entender completamente seus significados e impactos.
Questionada se a associação com a imagem do presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) seria benéfica ou prejudicial para a campanha municipal, ela negou. “No fim das contas, todo prefeito quer saber como ficarão os recursos do Fundo Monetário Internacional (FMI)”, respondeu. E aproveitou para elogiar a democracia e diplomacia do Governo Federal, “Todos sabem que o presidente Lula não fará distinção [entre partidos] na hora de trazer as políticas públicas que cada município precisa”, disse.
A deputada afirma ainda que, em especial quando se trata da própria cidade, as pessoas se interessam mais em saber quem é capaz de oferecer uma solução “desde o lixo, até a saúde, fazer concursos públicos, oferecer uma cidade bonita com oportunidades, emprego e renda; sem ódios e rancores e, principalmente, sem essa polarização”, afirma.
Confira a entrevista completa:
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