Pelo menos 200 israelenses foram mortos e 1,1 mil feridos no ataque do grupo palestino Hamas, neste sábado, 7. As autoridades registraram tiroteios em mais de 20 locais dentro do País. Em contraofensiva aérea de Israel, cerca de 230 palestinos morreram e 1,6 mil ficaram feridos na Faixa de Gaza. As informações são da agência de notícias Reuters. No meio deste conflito estão alguns brasileiros.

De acordo com dados do Ministério das Relações Exteriores (MRE), há 20 mil brasileiros: 14 mil residentes em Israel e 6 mil na Palestina. Porém, segundo o órgão, por nota, “a grande maioria dos quais fora da área afetada pelos ataques”.

O Itamaraty informou que há informações de um brasileiro ferido, que se encontra hospitalizado. E que a embaixada do Brasil em Tel Aviv está prestando assistência. Além dele, o órgão busca contato com outros dois brasileiros que também estavam em um local atacado e estão desaparecidos.

Com convocação extraordinária definida pelo Brasil, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) reunirá neste domingo, 8, às 16h. A entidade é sediada em Nova Iorque, nos Estados Unidos. O País brasileiro ocupa provisoriamente a presidência do órgão e pretende pontuar que as decisões sobre o atentado sejam no âmbito do organismo.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se manifestou pelas redes sociais. Ele postou que está chocado com o ataque do Hamas contra Israel e que o País não poupará esforços para evitar a escalada do conflito. O chefe brasileiro conclamou ainda a comunidade internacional a trabalhar para a retomada das negociações para a solução do conflito e reforçou a necessidade da criação de um Estado Palestino.

“O Brasil não poupará esforços para evitar a escalada do conflito, inclusive no exercício da Presidência do Conselho de Segurança da ONU. Conclamo a comunidade internacional a trabalhar para que se retomem imediatamente negociações que conduzam a uma solução ao conflito que garanta a existência de um Estado Palestino economicamente viável, convivendo pacificamente com Israel dentro de fronteiras seguras para ambos os lados”, escreveu o presidente.

Goiano ‘preso’ em Israel

Lelo Freitas, goiano preso em Israel. (Foto: Reprodução/Redes sociais)
Lelo Freitas, goiano preso em Israel. (Foto: Reprodução/Redes sociais)

O goiano Lelo Freitas tem compartilhado informações sobre o que tem presenciado o conflito entre as forças armadas israelenses e do Hamas. Desde sábado, segundo ele, o governo de Israel decretou toque de recolher e solicitou que as pessoas não deixem suas residências e hotéis.

Em postagens no Instagram, Lelo Freitas diz se sentir ‘preso’ naquele País. E alguns usuários lhe aconselharam a deixar Israel, porém o goiano listou as dificuldades para sair. “Vou embora de que jeito? O aeroporto está fechado, a fronteira fechada. Se você sobe para a Síria, ela é brigada com Israel. Você vira para a Jordânia, mas também é brigada com Israel”, enfatizou.

Posicionamentos

O movimento global Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS), em apoio aos palestinos, condenou o que chamou de “hipocrisia colonial”. O movimento resgatou questões históricas que envolvem a região e o direito dos palestinos de se defenderem.

Por outro lado, a Federação Israelita do Estado de São Paulo divulgou um comunicado a favor da contra ofensiva: “Assim como todos os países do mundo, tem o direito e o dever de proteger o seu território e sua população”. 

*Com informações da Agência Brasil

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