Caso Tropical Pneus: saiba os nomes dos que foram alvo de busca e de prisão

26 outubro 2021 às 13h14

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Esquema teria movimentado pelo menos R$ 71 milhões em uma década, por meio de concorrências fraudulentas em licitações

O Jornal Opção teve acesso aos nomes dos alvos de mandados de prisão preventiva pelo Ministério Público do Estado de Goiás, na Operação Fator R, deflagrada nesta terça-feira, 26, pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
A ação do grupo especializado do MPGO apura fraudes que teriam ocorrido em licitações envolvendo a empresa Tropical Pneus. Segundo a investigação, havia pelo menos seis pequenas empresas criadas para fazer a concorrência entre si em licitações de vários Estados, inclusive Goiás – outros seriam Tocantins, Bahia e Mato Grosso.
Pela apuração do Gaeco, a movimentação teria rendido ao esquema ao menos R$ 71 milhões em dez anos.
As pessoas físicas e jurídicas que foram objetivo de mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão, em ordem alfabética, são os seguintes:
Pessoas
- Bruno Ferré de Jesus
- Clodoaldo José Barbosa
- Elias Fernando Morello
- Esmeraldo Francisco Barbosa
- Lázaro de Sousa Toledo
- Lisa Fabiana Barros Ferreira
- Lucas Lino de Oliveira
- Lucenir Teixeira Marques
- Luciara Rocha Lopes
- Miguel Roberto Ferreira Barbosa
- Paulo Augusto Monteiro
- Paulo Sérgio Vieira Andrade
- Rackel Xavier Ferreira Magalhães
- Raphael Xavier Ferreira
- Sérgio Carlos Ferreira
- Sérgio Carlos Ferreira Filho
- Sônia Bueno de Carvalho
- Valéria Xavier Nunes Ferreira
- Wener Miranda da Silva
Empresas e demais pessoas jurídicas
- Baby Luz Creações de Roupas Infantils Ltda
- Companhia de Urbanização de Goiânia
- Metrobus Transporte Coletivo S/A
- Município de Aparecida de Goiânia
- Município de Goiânia
- Pneus Barbosa Ltda
- Pneus Ferreira Ltda
- Pneus Garavelo Ltda
- Pneus Via Nobre Ltda (seis CNPJs com nome de fantasia “Tropical Pneus”)
- Serra Pneus Ltda
- Tropical Pneus Ltda
Luciara Rocha Lopes é servidora da Assembleia Legislativa de Goiás, mas seu envolvimento não teria nenhuma relação com seu local de trabalho, segundo apuração feita pela reportagem.
Defesa
O advogado Romero Ferraz Filho informa que ajuizará pedido de liberdade ao juiz e impetrará Habeas Corpus buscando ao Tribunal de Justiça a revogação das prisões preventivas. Ele sustenta que não há crime no planejamento sucessório, instrumento jurídico que prevê, inclusive, a criação de empresas, que, por sua vez, resguardam questões tributárias dentro dos limites legais e que todos os fatos serão esclarecidos.
Portanto, não há nada que justifique as prisões, as quais se tenta a revogação antes mesmo da audiência de custódia.