De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 86% da população brasileira é cristã. Se espera que os governantes de tal nação respeitem a crença da maioria de seu povo. No entanto, não é o que vemos nas manifestações sobre o conflito entre Hamas e Israel. O Partido dos Trabalhadores emitiu notas em defesa do grupo Hamas, que aliás, não é considerado terrorista pelo partido. O PT chega a chamá-los de “grupo resistente”.

O Hamas não foi incluído pela Organização das Nações Unidas (ONU) na categoria de grupos terroristas. Essa é a justificativa do governo brasileiro para não denominá-los dessa forma. No, entanto, a União Europeia e Estados Unidos passaram a considerar o Hamas um grupo terrorista após os ataques violentos contra Jerusalém em 2003, que dizimaram dezenas de civis israelenses. Há 20 anos, desde aqueles atentados, o Hamas é o grupo mais extremista contra a existência do Estado de Israel.

Diante deste fato, como entender a defesa de grupos feministas e LGBT+ ao Hamas? Não é incoerência que estes movimentos considerem intolerável o mero discurso pró-aborto, mas defendam terroristas que odeiam gays e oprimem mulheres na prática? Qual dos dois estados — Israel ou Palestina — protege suas minorias?

Israel tem uma das maiores comunidades gays do mundo. Telavive é o centro financeiro do País e considerado o oásis gay no Oriente Médio. Na cidade, a população LGBT+ pode andar de mãos dadas, se beijar em público e participar de paradas sem ser incomodada. A descriminação contra homossexuais é ilegal desde 1992. Desde 2002, uma Parada do Orgulho Gay é celebrada nas ruas e hoje o país tem a maior Parada do Orgulho do mundo, em Telaviv, que reúne mais de 100.000 participantes de todo o mundo.

Já do lado palestino, na Faixa de Gaza, ser homossexual pode custar-lhe a vida. Para se ter uma ideia, muitos jovens palestinos e gays fogem de forma clandestina para Israel com medo de morrer, muitas vezes pelos próprios parentes. Em 2003, o assunto foi tema do programa Outlook, transmitido pelo serviço Mundial da BBC. Os homossexuais palestinos preferem correr o risco de serem presos em Israel, não por serem gays, mas, por serem palestinos, do que morrer pelos muçulmanos. Um entrevistado do programa disse que são perseguidos porque essa prática vai contra os ensinamentos do Corão e os muçulmanos precisam eliminar a todos que praticam esse “mal”.

Toda via, diante de um atentado bárbaro contra civis israelenses e de outras nações, inclusive brasileiros, o progressismo esquece seus valores e defende os terroristas. As mulheres na palestina não possuem cidadania e o seus corpos pertencem a homens, assim como a sua vida. O aborto nem é cogitado. Em Israel, o aborto é legalizado desde 1978 e, em 2022, a lei foi flexibilizada ainda mais, podendo ser solicitado pelas mulheres via on-line, sem necessidade dos interrogatórios. Vale também ressaltar que, o exército israelense é um dos que mais possuem mulheres em suas fileiras.

É preciso lembrar a esses grupos brasileiros que Israel é a única democracia do oriente médio. Qual o sentido de feministas e movimentos LGBTQIA+ defender o Hamas? Talvez a respostas seja o mesmo que move esse grupo terrorista, isto é, o ódio que nutrem por Israel, simplesmente por serem cristãos.

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