O presidente Lula (PT) deve visitar Aparecida de Goiânia ou Rio Verde no primeiro semestre deste ano. A articulação está a cargo do vice-líder do governo no Senado, Jorge Kajuru (PSB), que se reúne hoje, 24, com o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha.

Lula ainda não visitou Goiás durante o seu terceiro mandato à frente do comando do Palácio da Alvorada. Em entrevista ao Jornal Opção, Kajuru disse que essa articulação deve ser finalizada na sexta-feira, 26.

Visita cancelada

Uma visita do presidente chegou a ser agendada no ano passado para participar da entrega do trecho da ferrovia Norte-Sul, em Rio Verde, sudoeste do estado. No entanto, um mau tempo impediu que o chefe do Executivo desembarcasse no Estado, onde também estava prevista uma visita ao município de Jataí.

O presidente pretende ampliar sua peregrinação pelos Estados, com foco nas eleições municipais deste ano. Apesar disso, no primeiro ano de seu mandato, Lula teve como principal destino os Estados do Nordeste, reduto eleitoral central na sua eleição. No ano passado, as visitas de Lula foram mais frequentes em Estados onde os petistas têm menos prefeituras.

Lula ainda não visitou 8 Estados

Em seu terceiro mandato, o presidente da República ainda não pousou em oito Estados, incluindo Goiás, Tocantins, Acre, Rondônia, Santa Catarina, Minas Gerais, Alagoas e Mato Grosso do Sul.

Para Goiânia, a visita de Lula teria um peso ainda maior. Tida como uma das Capitais que deram a maior vantagem em pontos percentuais para Bolsonaro nas eleições de 2022, Goiânia tem um nome forte do PT nas disputa municipal. Adriana Accorsi, conforme já adiantou o Jornal Opção, deverá ter Lula como principal cabo eleitoral na disputa com nomes da direita, especialmente ligados ao governador Ronaldo Caiado (UB), que tem se articulado para disputar o pleito à presidência em 2026.

Esse embate na Capital indicará a força do partido em Goiás depois da esmagadora derrota nas últimas eleições municipais. Apesar disso, uma pesquisa CNT/MDA divulgada nesta terça-feira, 23, indicou que o presidente é um cabo eleitoral mais influente que o Bolsonaro.

Segundo a pesquisa, 33,5% dos entrevistados afirmaram ter mais chances de votar em um candidato a prefeito apoiado por Lula ou por seus apoiadores. No caso de Bolsonaro, o índice é de 15,7%.

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