Em mais uma pesquisa, rejeição de Dilma bate recorde: 64% reprovam o governo
01 abril 2015 às 14h36

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Apenas 12% dos entrevistados aprovam o segundo mandato da petista. Queda foi verificada em todas as regiões do País, níveis de escolaridade e renda

A Confederação Nacional da Indústria divulgou, nesta quarta-feira (1º/4), a mais recente pesquisa Ibope de avaliação do governo da presidente Dilma Rousseff (PT). Novamente, o resultado não é nada favorável: 64% dos entrevistados consideram a atual administração “ruim” ou “péssima”.
Três meses após ter assumido seu segundo mandato, a petista bate novo recorde de rejeição, sendo aprovada por apenas 12% da população brasileira. Em comparação com o levantamento realizado pelo instituto em dezembro do ano passado, o percentual de pessoas que consideram o governo “bom” ou ótimo” caiu 28%.
Os dados da pesquisa CNI-Ibope de avaliação do governo Dilma:
“Ótimo”: 3%
“Bom”: 9%
“Regular”: 23%
“Ruim”: 17%
“Péssimo”: 47%
Não sabe/não opinou: 1%
A avaliação pessoal da presidente também sofreu forte queda: apenas 19% dos entrevistados aprovam a maneira de governar da petista, enquanto 78% desaprovam. Ainda segundo a pesquisa, a confiança dos brasileiros também está abalada: 74% não confiam em Dilma. No que diz respeito a expectativa para o futuro, o cenário se mantém negativo: somente 14% acreditam que o restante do governo será “bom” ou “ótimo”.
Vale destacar que a queda nos índices de popularidade da presidente ocorreu de forma homogênea, em todas as regiões do País, níveis de escolaridade e renda familiar. A mais forte foi entre os mais jovens, confirmando a menor satisfação desse grupo com a presidente Dilma. No caso dos entrevistados com idade entre 25 e 34 anos, apenas 8% avaliam o governo como “ótimo” ou “bom”,percentual que era 36% na pesquisa anterior. Entre os entrevistados com 16 a 24 anos de idade, a aprovação na maneira de governar da presidente caiu de 51% para 14%.
Os resultados corroboram as recentes pesquisas divulgadas pelo Datafolha e o CNI/MDA, quando foi aferida uma forte rejeição ao segundo governo Dilma. Encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), a pesquisa Ibope foi realizada entre os dias 21 e 25 de março e ouviu 2.002 pessoas em 142 municípios.

Como o Ibope uniu os dados obtidos no Norte aos do Centro-Oeste não é possível identificar, ao certo, a aprovação da presidente na região em que Goiás está inserido. De acordo com o levantamento, o percentual dos que consideram a gestão Dilma “ruim” ou “péssima” nas duas regiões é de 63%, ante 13% que o classificam “bom” ou “ótimo”.
O percentual dos residentes da região Sul que avaliam o governo “ótimo” ou “bom” caiu de 40%, em dezembro, para 8% em março. A queda de 32 pontos percentuais foi a maior entre as regiões geográficas. O percentual dos que confiam na presidente caiu de 51% para 14%. Em março, a região Sul passou a ser a com o menor grau de popularidade da petista. A região Nordeste também registrou quedas acentuadas, mas continua sendo onde a mandatária é mais popular.
Comparações
O Ibope constatou que para 76% dos entrevistados, o segundo mandato da presidente está sendo pior que o primeiro. A queda da popularidade ocorreu tanto entre os que declararam ter votado no senador Aécio Neves (PSDB) no segundo turno, quanto os que dizem ter votado em Dilma. Entre os que votaram na presidente, o percentual de aprovação de sua maneira de governar caiu de 80% em dezembro para 34% em março. Entre os que votaram em Aécio, caiu de 16% para 3% no período.
Em todas as nove áreas de atuação avaliadas na pesquisa, o percentual de desaprovação é superior a 60% dos entrevistados. As áreas com pior avaliação são a tributária e a política de juros — nas quais apenas 7% dos entrevistados disseram aprovar os impostos e a taxa de juros do governo petista. Em seguida aparecem o combate à inflação e a saúde, com 13% cada um. A área de combate à fome e a à pobreza teve o desempenho menos pior, com 33% de aprovação.