Empresário goiano é suspeito de aplicar golpe de R$ 21 milhões contra Banco do Brasil

20 janeiro 2024 às 14h16

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O empresário goiano, dono de uma rede de postos de combustíveis em Goiânia, foi preso esta semana durante uma ação da Polícia Civil do Distrito Federal durante a investigação de um golpe no valor de R$ 21 milhões praticado contra o Banco do Brasil. De acordo com a polícia, hackers adulteravam o QR Code de boletos emitidos por prefeituras, depois os golpistas ficavam com valores milionários.
“A fraude acontecia após a emissão de boletos que eram emitidos por prefeituras e que eram pagos na instituição. Os golpistas, porém, não repassavam o valor que estava no documento, eles efetuavam uma troca, por meio de recursos cibernéticos, permitindo que, com alguns centavos, um boleto com um valor muito alto fosse quitado”, explicou Giancarlos Zuliani, delegado da Polícia Civil do Distrito Federal.
Segundo Zuliani, dessa forma o banco tinha esse valor retirado, mas não recebia o pagamento de volta. A investigação também aponta o empresário goiano como o responsável por “lavar” o dinheiro arrecadado ilegalmente.
O golpe teria ocorrido entre os dias 7 e 31 de janeiro de 2023. Neste período, o grupo criminoso, formado por mais de 10 pessoas, adulterou boletos verdadeiros para destinação de doações para diversos objetivos, como a recuperação de áreas atingidas por enchentes.
Além do empresário goiano, mais nove suspeitos de participação no esquema também foram presos em diferentes Estados: Rio de Janeiro, São Paulo, Distrito Federal, Mato Grosso, Santa Catarina, Maranhão, Minas Gerais e Amapá.
Nomes e idades dos presos, que responderão por furto mediante fraude, lavagem de dinheiro e organização criminosa, ainda não foram divulgados. A polícia também cumpriu mandados de busca e apreendeu armas, dinheiro em espécie, computadores e celulares.
Celebrando a fraude
Um vídeo obtido pela Polícia Civil mostra o empresário, em um imóvel de luxo em Goiânia, rodeado de outras pessoas enquanto estouram espumante e comemoram em uma grande festa. As investigações apontam que as filmagens foram feitas durante uma comemoração pelo sucesso obtido no golpe.
Por meio de nota, o Banco do Brasil disse que “as investigações iniciaram a partir de apuração que detectou irregularidades, as quais foram comunicadas às autoridades policiais. O Banco do Brasil colabora com as autoridades na investigação de fraudes com o repasse de subsídios no seu âmbito de atuação e possui processos estabelecidos para apuração de fraudes contra a instituição”.
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