Vereadores devem questionar Ormando José Pires sobre liberação de servidores para protesto contra investigação de supergratificações na Companhia

O ex-presidente e atual diretor administrativo da Companhia Municipal de Urbanização (Comurg), Ormando José Pires, deve comparecer nesta quarta-feira (5/4) à Câmara Municipal para prestar esclarecimentos sobre supostas ligações para as garagens em que determinava aos chefes que liberassem os servidores para uma manifestação contra uma comissão de vereadores que seria recebida pelo presidente da Comurg.

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No último dia 22 de março, vereadores iriam se reunir com o atual presidente do órgão, Denes Pereira, para buscar explicações sobre o pagamento de quinquênios, horas extras e gratificações a um pequeno grupo de servidores da Companhia, gerando altíssimos salários que chegam a mais de 80 (oitenta) mil reais mensais. Entretanto, mensagens enviadas por WhatsApp teriam espalhado boatos de que os parlamentares estariam defendendo o fim do quinquênio para todos os servidores da Comurg.

“Queremos saber por que, com tantas demandas na capital, o diretor achou por bem suspender uma tarde de trabalho para insuflar os servidores contra os vereadores. O que defendemos é apenas o corte de privilégios a um pequeno grupo da Comurg, que recebe supersalários porque têm ligação com sindicato ou associação enquanto a maioria trabalha muito e ganha pouco”, afirmou o vereador Elias Vaz (PSB)

O vereador denunciou em março o gasto mensal da prefeitura de R$420 mil com o pagamento de quinquênio a apenas 40 servidores. Um deles chega a ganhar por mês R$24 mil só de quinquênio, sem contar outros benefícios. O ex-presidente da Comurg também é um dos beneficiados. Enquanto o seu salário é de R$ 2.394, Ormando chegou a receber em fevereiro um quinquênio de R$ 21.690.

“Vamos cobrar dele também como foi feita essa multiplicação de quinquênio. E quero questionar por que, enquanto presidente, ele manteve a prática de oferecer privilégios a poucos, inclusive para ele mesmo, e não buscou melhorias para todos os trabalhadores”, destacou Elias.