Galeria de arte em Goiânia expõe Siron Franco, Di Cavalcanti, Portinari e Tarsila

16 maio 2023 às 17h59

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No coração de Goiânia e num espaço considerado símbolo da arquitetura modernista, a galeria tem como mote obras e artistas goianos como Siron Franco e Dalton Paula. O catálogo da galeria Cerrado conta ainda com obras de artes de Portinari, Di Cavalcanti, Tarsila, Milhazes e Varejão.
Nomes importantes da arte moderna e contemporânea com cifras que chegam a milhões figuram no catálogo, como Beatriz Milhazes, Adriana Varejão, Candido Portinari trazem Goiânia e o Centro-Oeste para o foco da discussão da arte no Brasil.
A diretora da galeria, Julia Mazzutti, explica que a arte da central do Brasil fala sobre uma realidade de milhares de brasileiros com qualidade técnica e de pesquisa. Nascida e criada na cidade, ela conta que seu foco sempre foi na produção e representação da arte local. “Temos uma escola como a Belas Artes, da UFG, que produz artistas brilhantes. Sem dúvida é uma forma de sair desse eixo Rio-São Paulo, que está saturado com muitas galerias e muitas exposições”, avalia.
Exposição de Siron Franco
O empreendimento é uma parceria entre Almeida e Dale, uma das mais importantes do mercado paulistano, e Casa Albuquerque, tradicional em Brasília. A galeria inaugurou com uma mostra do goiano Siron Franco chamada “Pensamento Insubordinado”. A mostra reúne mais de seis décadas de trabalhos, trajetória e pensamentos do artista.

A exposição foi organizada cronologicamente, a partir de episódios marcantes na vida e obra do artista, e conta com um espaço documental que apresenta informações e curiosidades sobre sua trajetória.
A exposição do MAC Goiás articula-se a partir de uma série de episódios, definidos por acontecimentos vitais e séries pictóricas marcantes, que são gradualmente introduzidos por meio de textos específicos.
Assim, os capítulos “Na era das máquinas”, “As fábulas de horror”, “A sua imagem e semelhança”, “Guernica 1964”, “Regresso ao Bairro Popular”, “Do Curral…” e “…Até hoje” vão montando e tecendo uma cronologia que, por vezes, e não por acaso, torna-se difusa.
A meio caminho, por detrás da rampa que dá acesso ao mezanino, desdobra-se um espaço documental que pretende, através de uma breve seleção de intervenções no espaço público e ações performativas, gerar ligações e cumplicidades entre as várias linguagens em que perpassa a carreira de Siron Franco.
A grande estrutura que se destaca no imponente espaço do MAC, guarda em seu esqueleto de madeira uma vasta seleção de obras recentes. Estas últimas dialogam com a exposição que, simultaneamente, encontra-se na galeria Cerrado.