“Governador trata Educação como gasto”, diz deputado sobre corte na UEG
05 julho 2019 às 13h01
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Proposta defende que a UEG tenha seus 2% inclusos dentro dos 25% que o Estado repassa para a Educação

O Governo do Estado defende, na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), que a Universidade Estadual de Goiás (UEG) tenha seus 2% inclusos dentro dos 25% que o Estado repassa para a Educação – com a separação original, seriam 27%, no total. No entanto o projeto não foi votado no primeiro semestre do ano e acabou ficando para o próximo.
Ao Jornal Opção, o presidente da Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Legislativo goiano, Coronel Adailton (PP), disse acreditar que o Governo deve “refluir” em relação à proposta. “Penso que o governo vai retirar essa proposta e que ela não deve voltar para a Alego”.
E se voltar?
Caso a proposta volte, Adailton garantiu à reportagem que irá trabalhar para derrubar a medida. “Vamos votar pelo fim desse projeto. Aproveito, inclusive, para convidar aqueles que prezam pela educação pública de qualidade a ocuparem as galerias da Assembleia para que possamos lutar juntos por essa causa caso ela esteja novamente em discussão no segundo semestre”.
Intenção
Na visão do parlamentar, o projeto do governador Ronaldo Caiado (DEM) tem por objetivo a desqualificação do ser humano e o demonstre da Educação no Estado. “O governo quer fazer o mesmo que já tem feito com tantos outros programas de sucesso absoluto no Estado como o passe livre e os colégios militares, por exemplo”.
Razão
Ao ser questionado sobre as razões que poderiam levar os parlamentares a aprovarem esta medida caso ela retorno à Alego, Adailton disparou: “Os deputados da base têm suas benesses junto ao governo e acabam, a troco de regalias, deixando passar ou ajudando a aprovar projetos como esse”.
Tratamento
“Infelizmente o nosso governador trata a Educação como gasto e nós temos a plena convicção de que, na verdade, a Educação é um investimento não só para o Estado, mas também na qualidade de vida das pessoas; no ser humano como um todo”, considerou Adailton.