Ensino de ideologia de gênero nas escolas começa a ser discutido em Goiânia
09 junho 2015 às 18h52

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Projeto, que será debatido na Câmara Municipal, é centrado na ideia de que gênero sexual é uma construção social, e as escolas devem educar crianças de forma neutra

Após o trecho que trata do ensino da ideologia de gênero nas escolas brasileiras ter sido barrado na Câmara dos Deputados, quando foi votado o Plano Nacional de Educação (PNE) — no primeiro semestre do ano passado –, a discussão passa, agora, para a esfera do Legislativo municipal. Nesta terça-feira (9/6), na Cúria Metropolitana, o projeto foi discutido por entes da Igreja Católica e figuras políticas, como a vereadora Cristina Lopes (PSDB).
De acordo com tucana, o projeto tem que ser votado até o dia 24, e deve ser lido na Câmara Municipal de Goiânia já na próxima quarta-feira (10). A vereadora explicou que foi à reunião esperando um debate sobre o Estatuto da Família, e se deparou com outro assunto.
A ideologia de gênero trata sobre ensino nas escolas a cerca de gênero e orientação sexual. Esta linha de pensamento acredita que os gêneros sexuais são construções culturais, sociais, mas não biológicas. Desta forma, as crianças devem ter a possibilidade de formar o próprio gênero no futuro, sendo educadas de forma neutra.
“São diretrizes do PNE a superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da igualdade racial, regional, de gênero e de orientação sexual”, dizia o trecho que foi barrado pelos deputados. Entretanto, o texto original, que fala apenas em “erradicação de todas as formas de discriminação”, foi retomado.
A vereadora Cristina Lopes garante que não está completamente a par da ideia da ideologia de gênero, mas pelo que foi falado, se coloca completamente contra. “Achei a teoria completamente absurda. Quero ouvir as pessoas que trabalham com Educação infantil para ver outros posicionamentos além do da Igreja, que já se colocou contra um projeto do tipo”, disse.