O jornalista Rosenwal Ferreira negou ter desencorajado a miss trans Jade Fernandes, de 23 anos, de denunciar o delegado Kleyton Manoel Dias. Circulou a informação de que ele teria dado esse conselho à vítima, mas, ao Jornal Opção, Ferreira negou.

“Isso não é verdade. Pelo contrário, eu a incentivei, como dei para ela todas as orientações para que ela pudesse fazer isso, se um crime tivesse sido cometido. Ela disse a alguém que estava confusa, e eu falei que ela tinha que estar com certeza e procurar as autoridades. Ela até publicou nas redes sociais que ajudei ela”, revelou.

O crime ocorreu na madrugada da última sexta-feira, 5. Jade estava em uma casa noturna na cidade, onde ocorria a comemoração do aniversário de Rosenwal.

“Não participei de nada, não conhecia ela, ela não era minha convidada. Eu nem lá estava mais, quando saí eles ficaram lá, era meia-noite e pouco”, afirmou, negando também que teria conseguido a carona para Jade.

Ronsewal ainda lamentou ter sido envolvido no caso. Ele disse que a história “já causou muito desgosto desnecessariamente” a ele. “Eu não tenho nada a ver com isso, o crime ocorreu em outro setor. Eu não sou parte disso, nem deveria ter sido citado”, disse.

Outra informação que o jornalista negou é que ele iria fazer um podcast com Jade. “Não sei de onde essa moça tirou essa ideia. Não tenho podcast”, ressaltou.

O caso

O crime, conforme Jade, aconteceu na madrugada de sexta-feira, 5. A modelo foi para uma boate na capital, onde acontecia a festa de aniversário do jornalista. Kleyton também era um dos convidados. Ao final da celebração, o jornalista foi embora, mas Jade, o delegado e outra mulher combinaram de ir para outro local, pois o assunto entre eles “estava bom”.

Kleyton ofereceu carona até o novo estabelecimento. Dentro do carro, a mulher perguntou à Jade se ela era uma mulher ou um homem. Depois da resposta, o delegado decidiu cancelar a continuidade da noite e se ofereceu para deixar as duas mulheres em casa.

Primeiro, Kleyton deixou a outra mulher em casa, no bairro Jardim Novo Mundo, e depois seguiu em direção a casa de Jade, no Setor Jaó. A vítima disse que não se lembra de todo trajeto, mas que em determinado momento, o delegado parou o carro em um local escuro e pouco movimentado e a perguntou o que iriam fazer naquele momento. 

Ao responder que iria para casa, conforme a miss, o delegado começou a forçar a vítima a praticar sexo com ele. Mesmo com as negativas, Kleyton teria a levado até o porta-malas do carro, onde praticou o estupro. Jade continuou dentro do compartimento do veículo até o delegado parar em frente a casa dela.

Uma câmera de segurança registrou quando a jovem sai do veículo completamente nua. Ela esconde as partes íntimas com os sapatos. Minutos depois, o delegado retorna ao local e deixa o vestido de Jade na porta do imóvel.

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