Mais de 30% dos tumores malignos no Brasil são de câncer de pele
07 dezembro 2019 às 10h30

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A cada ano, são 180 mil pessoas são diagnosticadas com a doença. As chances de cura, no entanto, são de mais de 90%

De acordo com informações do Instituto Nacional do Câncer (Inca), 33% dos tumores malignos no Brasil correspondem a casos de câncer de pele. A cada ano, são 180 mil pessoas são diagnosticadas com a doença. As chances de cura, no entanto, são de mais de 90%.
A médica dermatologista Paula Azevedo, que atende na Fêmina Day Clinic e é membro da Sociedade Brasileira de Laser em Medicina e Cirurgia, afirma que “o não melanoma é tipo mais comum da doença e aparece com frequência em áreas expostas ao sol, como o rosto, orelhas, pescoço e antebraços”.
O assunto vem à tona com a campanha do Dezembro Laranja, que tem o objetivo de alertar sobre prevenção, diagnóstico e acesso ao tratamento do câncer de pele no Brasil. Segundo a dermatologista, muitas vezes os sinais da doença passam despercebidos. “Os sintomas mais frequentes são feridas que não se cicatrizam, lesões com descamação, manchas em vários tons de pigmento, sangramento e até dor”, informa.
Sinais
Ela também dá algumas dicas para identificar. Uma delas é a assimetria, isto é, quanto mais assimétrica uma mancha ou pinta, maior o risco. Bordas irregulares também são sinais de perigo, segundo a médica. Pintas com mais de uma cor e com tons pretos também podem ser melanoma. Merecem atenção, também, as lesões com mais de cinco milímetros. Além disso, mudanças de cor, tamanho ou forma devem ser investigadas.
As pessoas brancas são as que devem ficar mais atentas, pois há mais chances de contrair a doença. Especialmente aquelas com mais de 40 anos. Também é possível que a pessoa que já sofreu mais de três queimaduras solares na mesma área tenha risco de sofre câncer de pele.
Prevenção e tratamento
Para prevenir, o ideal é evitar tomar sol entre as 10h e as 16h; usar diariamente filtro solar com fator mínimo 30 e reaplicá-lo em intervalos de até três horas ou depois de longos períodos na água; preferir óculos de sol com proteção UV; optar por roupas que deixam o corpo menos exposto aos raios solares e manter uma boa hidratação corporal.
Já sobre o tratamento, cada paciente irá passar por instruções específicas, porque vai depender de cada tipo e do estágio do câncer. A Sociedade Brasileira de Dermatologia informa que o tipo mais comum é o não melanoma carcinoma basocelular, que tem baixa letalidade e boas chances de cura, se detectado precocemente. O segundo mais comum é o carcinoma espinocelular, que é duas vezes mais frequente em homens do que em mulheres. Já o melanoma, mesmo sendo mais raro, tem o mais alto índice de mortalidade, porém com 90% de chances de cura quando diagnosticado precocemente.
“Por isso, é muito importante ficar atento às mudanças na pele e consultar um dermatologista regularmente”, finaliza a médica.
(Com informações da Plena Estratégias Criativas)