MTST ocupa prédio desocupado de maternidade em Aparecida de Goiânia

Ocupação é a primeira em Goiás; movimento reivindica uma política habitacional definitiva que atenda as famílias

Na madrugada deste sábado (17/1) o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) ocupou um prédio que seria uma maternidade no Setor Garavelo, em Aparecida de Goiânia. Segundo o movimento, as obras estão paralisadas há quase dez anos.

O MTST afirmou, através de nota divulgada no site do movimento, que os trabalhadores reivindicam uma política habitacional definitiva para atender as famílias que realizam a ocupação, com a destinação do terreno e a finalização da obra destinada a moradias populares, assim como serviços públicos de qualidade no bairro para beneficiar o conjunto da comunidade.

A ocupação foi chamada de Sonho Real Vive e é a primeira do movimento em Goiás.  O integrante da Coordenação Nacional do MTST, Edson Silva, justificou a ação “O local está abandonado, serve para roubo, estupro. Estamos querendo que o prédio seja adpatado para a construção de moradias”.

Segundo Edson Silva, os ocupantes são de famílias pobres (com renda de até três salários mínimos por mês), são cadastrados em programas habitacionais e esperam por moradias há mais de 30 anos. Segundo o movimento, o déficit habitacional de Goiás supera 160 mil famílias.

Na manhã deste sábado, o grupo reuniu-se com o secretário de Habitação e Regularização Fundiária de Aparecida, Ronnie Barbosa. Ele agendou uma reunião no próprio gabinete na segunda-feira (19), às 9h. Até lá, os integrantes poderão permanecer no prédio com segurança.

Segundo o secretário, as obras da maternidade Boa Sorte serão retomadas nos próximos dias. “O hospital está prometido para a população há 15 anos. O prédio foi construído nas administrações anteriores. As obras foras paralisadas por problemas técnicos, que já foram superados”, afirmou.

Na segunda-feira, ele discutirá com o MTST o assentamento e a construção de casas para as famílias em outra localidade.

*Com informações da Agência Brasil