Municípios goianos registram queda no IDH municipal após pandemia, mas indicadores de educação crescem

28 maio 2024 às 17h01

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O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) do Estado de Goiás apresentou queda em 2021, quando comparado ao ano anterior ao início da pandemia de Covid-19. Em 2019, o IDHM de Goiás era de 0,774. No entanto, em 2021, a taxa caiu para 0,737, representando uma redução de 4,75%. Além disso, Goiás recuperou uma posição no índice de IDHM em 2021.
Os dados foram revelados pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e divulgado nesta terça-feira, 28. O IDHM é um número que varia entre 0 e 1. Quanto mais próximo de 1, maior o desenvolvimento humano de um município.

Educação
Já o subíndice de escolaridade teve uma taxa média de crescimento anual de aproximadamente 1,62% ao longo do período de 2018 a 2021, indicando um crescimento contínuo na escolaridade durante esses anos.
A frequência escolar teve uma taxa média de crescimento anual de aproximadamente 0,57% ao longo do período de 2018 a 2021, indicando um leve crescimento na frequência escolar durante esses anos, apesar da queda em 2021. A Taxa de frequência escolar em 2021 em Goiás foi de 97,8%. Em 2019, era 97,2%.

O IDHM da Educação teve uma taxa média de crescimento anual de aproximadamente 0,92% ao longo do período de 2018 a 2021, indicando um crescimento moderado no IDHM da Educação durante esses anos, apesar da queda observada em 2021.
Renda
Os efeitos da pandemia abalaram outros avanços obtidos pelo Estado no período entre 2010 e 2019. A Renda per capta em Goiás no ano 2019 era de 749, enquanto em 2021 o índice reduziu para 680.
Segundo informações do Censo Demográfico, a renda per capita mensal na UF – Goiás – era de R$ 571,49, em 2000 e R$ 810,97, em 2010, a preços de agosto de 2010. Nesse período observa-se que houve crescimento desse valor a uma taxa média anual de 41,90%.
Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua indicam que a renda per capita mensal na UF de Goiás apresentou uma queda entre 2020 e 2021, passando de R$ 713,76 para R$ 679,62 (também a preços de agosto de 2010), representando uma variação negativa de 4,78% em termos reais.
Pobreza
A proporção de pessoas extremamente pobres em Goiás, aquelas com renda per capita inferior a R$ 70,00 (a preços correntes de agosto de 2010), aumentou de 2,45% em 2020 para 3,17% em 2021. A proporção de pessoas pobres (renda domiciliar per capita inferior a R$ 140,00) aumentou de 4,87% em 2020 para 7,15% em 2021. Por sua vez, a proporção de pessoas vulneráveis à pobreza (renda per capita inferior a R$ 255,00) subiu de 17,91% em 2020 para 21,80% em 2021.
Em 2021, as proporções de extremamente pobres, pobres e vulneráveis à pobreza na população feminina eram de 3,27%, 7,35% e 22,74%, respectivamente. Na população masculina, essas proporções eram de 3,06%, 6,94% e 20,82%.
Considerando a desagregação por cor, em 2021, 3,16% dos negros eram extremamente pobres, 7,91% eram pobres e 24,72% eram vulneráveis à pobreza. Na população branca, esses índices eram de 3,18%, 5,50% e 15,64%, respectivamente.
Brasil também registrou queda nos indicadores
O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) do Brasil foi de 0,766, patamar próximo ao de 2015. Já a frequência escolar, que corresponde à percentagem de pessoas de 6 a 14 anos de idade que frequentam a escola, aumentou de 98,13% para 99,27%. E a renda per capita dos brasileiros aumentou de R$ 759,11 para R$ 814,30.
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