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A escritora mineira Daniela Arbex, conhecida por seus livros que denunciam tragédias no Brasil, vê mais uma obra sua adaptada para as telas com o lançamento do filme “Ninguém Sai Vivo Daqui”. Inspirado no best-seller “Holocausto Brasileiro”, o longa aborda os horrores do Hospital Psiquiátrico de Barbacena, onde mais de 60 mil pessoas morreram em condições desumanas.

O filme, dirigido por André Ristum, narra a história de Elisa, internada à força pelo pai após engravidar, e sua luta para escapar do hospital. Com um elenco que inclui Fernanda Marques, Andréia Horta e Augusto Madeira, o filme estreia na próxima quinta-feira, 11, ampliando a presença de Arbex no audiovisual.

Outras obras

Além da adaptação de “Holocausto Brasileiro” para um documentário, uma série de ficção e um filme, a escritora já teve outra obra levada para as telinhas. O livro “Todo Dia a Mesma Noite”, também da Intrínseca, tornou-se ficção na série da Netflix de mesmo nome. A produção conquistou o público, chegando ao top 10 global da plataforma de streaming.

Para Daniela, o sucesso dos livros e a atração para as telas se devem aos temas explorados, caracterizados por ela como universais. “Todas as histórias que conto têm em comum a impunidade e precisam ser discutidos. Eu falo sempre que esquecer é negar a história. E se a gente esquece, a gente repete os erros do passado que nos trouxeram até aqui. Então, se existe uma marca do meu trabalho, eu acho que é exatamente construir a memória coletiva do Brasil”, avalia a escritora em entrevista ao jornal o Dia.

Embalada pela boa recepção nas telas, Arbex tem o desejo repetir a dose em outras publicações, como “Longe do Ninho”, livro lançado em 2019. A obra retrata o incêndio no Ninho do Urubu, que vitimou dez jogadores da base do Flamengo. “A minha expectativa é que também possa ir para o cinema e a gente possa contar essa história, não tem nada fechado ainda”, adianta ela, deixando escapar ainda outro projeto. “Estou flertando com um podcast”.

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