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Vocalista e guitarrista do Dinosaur Jr. veio com disco solo em show acústico e foi vencido pelas distorções

Foto: Claudio Cologni
Foto: Claudio Cologni

Não dá para saber o que aconteceu. O problema pode até ter sido o som. Joseph Mascis, vocalista e guitarrista do Dinosaur Jr., levou uma caixa de abelha para um dos palcos do Bananada, no Oscar Niemeyer, na noite do último sábado (16/5). Para quem nunca havia visto o show ao vivo, foi uma decepção. Sem ritmo e com distorções difíceis de serem digeridas, J. Mascis matou o público do Bananada.

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Ficou claro que o som não estava perfeito. Antes de J., durante o show de Lê Almeira, em alguns momentos o volume dos instrumentos estava alto demais, e o vocal era suprimido. Mas com o Joseph foi mais sério. As distorções não estavam dando certo, mas ainda assim ele insistia com voz e violão explorando os pedais.

A música de estúdio é bem produzida e resolve muitos erros, mas o que foi tocado no sábado à noite não é nem parecido com o que se vê nos álbuns das produções solos de J. Mascis. O músico veio a Goiânia com o disco solo “Tied to a Star”, e todo mundo sabe que a vibe dele não é bem de festival para “agitar” a galera. O problema não foi esse. Considerado o padrasto do Grunge, com voz marcante, a animação de J. casou muito bem com o som desempenhado.

Para quem ouviu o som ao vivo, ouça o de estúdio:

Por outro lado…
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Foto: Claudio Cologni

O som é simples. Com um Indie Rock suave, bem ensaiado, a música do Câmera foi boa de ouvir até para quem não gosta do estilo.

Juntos desde 2010, o grupo tem de chef de cozinha a assessor de imprensa de time de futebol. Matheus Fleming, Diogo Gazzinelli, Henrique Cunha, André Travassos e Bruno Faleiro vieram a Goiânia com o Câmera pela primeira vez para o Bananada 2015. Eles trouxeram o álbum “Mountain Tops”, lançado no ano passado, e agora vão para o Primavera Sound, no próximo mês, em Barcelona.

Kyle Thomas, do King Tuff | Foto: Claudio Cologni
Kyle Thomas, do King Tuff | Foto: Claudio Cologni

A banda estava inspirada. Matheus até disse que “o sucesso não é o destino, é a trajetória”. Quando se fala em influência, eles apontam que não é só musical, mas também visual. “A gente tenta fazer uma musica visual, que explore essas paisagens sonoras”, disse o guitarrista.

Os gringos do King Tuff também agitaram o público, com um Hard Rock enérgico. Eles vieram ao Brasil com o novo álbum, Black Moon Spell, lançado no final do ano passado. Rolou até tatuagem do Kyle Thomas.

Teve também o agito de Karol Conka e aquela coisa meio “funk, axé, forró” do Bonde do Rolê. Além deles, Carne Doce, Apanhador Só e Camarone Orquestra Guitarrística também marcaram presença. Sábado foi o dia mais cheio até agora, sendo que 7.500 pessoas passaram pelo Oscar Niemeyer.